H. P. Lovecraft - Os Gatos de Ulthar (conto)
28m
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Leitura de Ouvido
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“Os gatos de Ulthar” é um conto de H.P. Lovecraft (1890-1937) pautado na Mitologia Egípcia, já que para os antigos egípcios, os gatos eram divindades. O conto fantástico do escritor norte-americano narra a história de uma pequena aldeia chamada Ulthar, mais uma das fictícias do universo de Cthulu, onde criou-se uma lei: é proibido matar os gatos. Ao que parece, a lei partiu de um ato de vingança. A história vai apresentando comportamentos dos humanos, frente aos dos gatos e tudo começa com a desconfiança de que um casal de idosos teriam o mau hábito de assassinar qualquer felino que se achegasse de sua cabana. Mas há um dia que uma caravana de viajantes chega a Ultrar e, entre eles, um menino órfão chamado Menes e que tem para si, unicamente, um gatinho preto. A caravana era de pessoas de pele escura que liam a sorte, faziam estranhas orações e adoravam figuras com metade humana, metade animal. Exatamente como é retratada a deusa Bastet, provavelmente a deidade felina mais conhecida do Egito, segundo o Centro Americano de Pesquisa no Egito (Arce). Quando o gato desse menino some, inicia-se uma sequência de insólitos que culmina em mortes e coisas inexplicáveis, com ilusões que impressionam a imaginação.
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A Rosa Branca - Júlia Lopes de Almeida (conto)
A Rosa Branca é um dos 30 contos de Julia Lopes de almeida (1862-1934) em Ânsia Eterna (Garnier, 1903) e explora a relação de uma avó com duas netas, irmãs de 9 e 11 anos, mas bastante diferentes entre si. A avó, já viúva, mostrava abertamente predileção pela mais velha, a menina que mais se parecia com o falecido marido, até o dia em que um ritual, envolvendo uma rosa branca, passa a fazer parte daquele lar. “Injustiças é que me revoltam”, reclamava a avó, diante de um fato que só o leitor vai conhecer, até o desfecho da história. O conto de Júlia explora a fé religiosa, em especial na figura da mãe de Deus. Uma nova rosa branca aparecia todas as manhãs, sob o manto estrelado da Virgem das Dores.
O conto nos motiva a desvelar um pouco mais sobre as rosas, uma das flores prediletas quando o assunto é presentear uma mãe ou uma mulher. Imagine ser uma flor que existe há mais de 200 milhões de anos, uma das mais antigas do mundo. Ânsia Eterna, por sua vez, é um livro disposto em camadas, que interpola o grotesco e o insólito em suas histórias, talvez para dar conta do desdobramento metafórico que nos permite a interpretação do título: o desejo feminino de igualdade e respeito, território que ela militou tão bem. Boa leitura!
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Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade
“Livro de Sóror Saudades” (1923) são sonetos de Florbela Espanca (1894-1930) e trouxemos neste episódio o livro completo, com os 36 sonetos que ela criou dedicados à uma das grandes paixões de sua vida, António Guimarães, que foi seu segundo marido, de 1921 a 1925. A poetisa iniciou o trabalho sobre a coletânea logo depois de ter editado a sua primeira obra, o Livro de Mágoas, em abril de 1920 e foi publicado em janeiro de 1923, editado em Lisboa pela Tipografia A Americana. Os primeiros versos surgiram, ela era ainda casada com Alberto de Jesus Silva Moutinho, com quem ficou de 1913-1921, desde o liceu, até maior parte de sua vida. Nos sonetos de SS. pululam o amor e paixão vivos: “a boca fez-se sangue pra beijar!”. Com esse e outros versos, enfatiza o quanto a boca e os beijos são epicentro sentimental de seus escritos. Assim, emerge o erotismo, mas renovado à visão da feminista, com o homem como objeto do serviço amoroso, não a mulher. Quanto à composição, são sonetos latinos, majoritariamente decassílabos heróicos, assim como fez Camões. As rimas costumam ser interpoladas e emparelhadas, com o típico esquema rimático das quadras a corresponder a abba-abba, enquanto os tercetos apresentam esquemas mais variados. Boa leitura!
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Gonçalves Dias - As Duas Amigas
“As duas amigas” está em Segundos Cantos (1848) e "A sua voz” em Novos Cantos (1857), duas poesias românticas do escritor brasileiro Antonio Gonçalves Dias (1823-1864), que fazem o episódio de hoje. "As duas amigas" faz uso de variadas metáforas para referenciar essa conexão entre dois seres de alma feminina: duas aves brincando solitárias, duas nuvens, duas mariposas, até que “uma gota ensopa as asas das leves mariposas”, para fazer referência ao tempo que passa e a amizade que nem sempre se mantém, visto que cada qual alça voos para um lado, conforme seus interesses. Mas enquanto existe, os versos enaltecem a profundidade e leveza dessa relação, não à toa tem a insistência metafórica em seres alados ou que flutuam alto, como as nuvens. O perpassar do tempo vem nas linhas associado com o vento e com as intempéries. Já “A sua voz” é uma poesia apaixonante, de alguém apaixonado. Ela se relaciona justamente a esse traço característico de cada pessoa. Essa vibração que soltamos ao abrir a boca. Boa leitura!
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Simões Lopes Neto - O Boi Velho (conto)
“O boi velho” é um dos Contos Gauchescos do escritor brasileiro João Simões Lopes Neto (1865-1916). Nela, o contador de histórias Blau Nunes narra a vida da família dos Silva, anunciando de pronto que “é bicho mau, o homem” e lembrando-se de um ocorrido do passado que evoca o respeito aos animais. Além da valorização da paisagem do Pampa e da integração com o meio, Blau apresenta-nos dois bois: Dourado e Cabiúna. Os animais são responsáveis por puxar o carretão, veículo da família até o arroio, para tomar banho. Os bois acompanham o crescimento da família por gerações, até que um deles morre picado de cobra e, o outro, vai ter um destino doído e sangrento, que faz o narrador reafirmar “é mesmo bicho mau, o homem”. O regionalismo presente na obra do autor está na forma de contar, na postura de grande coletor de casos e lendas do imaginário e na retratação fiel da linguagem do homem do campo. Simões Lopes Neto é o patriarca das letras gaúchas. Boa leitura!
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Edgar Allan Poe - Berenice (conto)
“Berenice" é conto do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849), publicado pela primeira vez no Southern Literary Messenger, em março de 1835. A história é narrada por Egeu que conta sobre sua casa e sua família, dando destaque para seu relacionamento com a prima Berenice, que tão diferente dele, tinha jovialidade a alegria, enquanto ele sempre fora doente e enfurnado nos livros. É um dos contos em que Poe usa de seu clássico traço de narrativa de desconfiar de sua própria sanidade mental. E eis que Berenice cai doente, apresentando epilepsia e catalepsia. Há mudanças em sua constituição física e em sua personalidade. Ao passo disso, Egeu conta de sua própria “monomania”, uma irritabilidade voltada às faculdades da atenção. A influência mais forte de sua monomania foram os dentes de Berenice, brancos, grandes. Ele queria-os a todo custo. Apaixonados, ele lhe propõe casamento. Mas na história que conta nos intervalos lúcidos de sua enfermidade, ocorre uma sequência de fatos misteriosos, horrorosos e mórbidos. Boa leitura!
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