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Perspectivas para 2023 são de inflação e juros altos, além de déficit fiscal

10m · Call de abertura - Alexandre Schwartsman · 24 Aug 17:11

Alexandre Schwartsman comenta resultado do IPCA-15 e destaca que, apesar da queda no índice geral de inflação, dois terços dos produtos pesquisados continuaram registrando alta nos preços. Diante desse quadro, juros devem continuar num patamar alto até setembro de 2023. Estudo que aponta perspectiva de grande déficit fiscal em 2023 também está entre os assuntos.

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IPCA-15: 'A desaceleração prossegue, mas em ritmo extraordinariamente lento'

Alexandre Schwartsman analisa o IPCA-15 de abril. A inflação desacelerou em 12 meses, mas o comentarista aponta uma pegadinha. O índice se manteve muito alto até maio de 2022; a partir de junho passou a baixar pela redução dos impostos sobre combustíveis. Ele aponta a atenção para os núcleos, que diminuíram de 9% para 7%. 'Estamos em desinflação, mas ela não vai nos levar à meta nesse ano nem ano que vem', afirmou.

'Arcabouço fiscal é o sonho de qualquer dirigente gastador'

Após a entrega da proposta ao Congresso, Alexandre Schwartsman analisa os detalhes do projeto do governo Lula, agora, chamado de "regime fiscal sustentado". Ele aponta que o texto é frouxo e dá mais margem ao Executivo para gastar. O comentarista critica a lista grande de exceções de despesas, a regra de indexação da inflação e as mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal. 'É um projeto que permite que se gasta mais', afirmou.

Dólar baixo e bolsa em alta é 'excesso de boa vontade no mercado'

'Particularmente lá fora', continua Alexandre Schwartsman ao falar da economia norte-americana. A queda da inflação nos EUA resultou no dólar a R$ 4,93 no Brasil - o mais baixo em 10 meses. O comentarista pondera, porém, que o número inflacionário é parecido na média dos últimos três meses, girando na casa de 6%. 'O FED vai tentar trazer a inflação para 2%, mas não é uma coisa para esse ano', apontou ele.

'Não há espaço para cortar juros sem entregar a inflação acima da meta'

Na Super Quarta de juros, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam suas novas taxas, Alexandre Schwartsman analisa a balança entre juros e inflação. Para ele, o BC deve optar pela manutenção dos 13,75% ao ano. Segundo o comentarista, se os juros caírem agora, a inflação vai estourar a meta mais uma vez. Schwartsman avalia também que o Federal Reserv, nos Estados Unidos, deve engatilhar aumento de 0,25% na taxa de juros apesar das turbulências econômicas recentes, como quebras de bancos.

Juros nos EUA devem aumentar mais rápido e permanecer em alta por mais tempo

Alexandre Schwartsman fala sobre os sinais de endurecimento do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. O comentarista destaca os recados dados pelo presidente da instituição: a necessidade de aumentar os juros, a possibilidade de voltar a 'acelerar o passo' e a permanência desta taxa por mais tempo. 'O impacto disto no mercado é um fortalecimento global do dólar', afirma.

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