Ecio Costa - Economia e Negócios cover logo
RSS Feed Apple Podcasts Overcast Castro Pocket Casts
Portuguese
Non-explicit
com.br
0:00

Ecio Costa - Economia e Negócios

by Ecio Costa

CEDES - Consultoria e Planejamento

Copyright: 2024 CEDES - Consultoria e Planejamento

Episodes

Balança comercial tem superavit de US$ 9,0 bilhões em abril

0s · Published 09 May 00:00
O resultado representa uma alta de 13,7% em relação ao mesmo mês em 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 8,0 bilhões. Esse é o maior saldo para o mês desde 2021, quando o superavit obtido naquele ano foi de US$ 9,96 bilhões. As exportações foram de US$ 30,9 bilhões em abril de 2024, uma alta de 14,1% em relação a 2023 (US$ 27,1 bilhões). As importações totalizaram US$ 21,9 bilhões, o que representa um crescimento de 14,3% em relação a 2023 (US$ 19,1 bilhões). A corrente de comércio teve um crescimento importante de 14,2%. O aumento veio do forte incremento de 22,5% no volume exportado, já que os preços internacionais caíram no período. As importações cresceram em patamar próximo das exportações em valor e volume, mas também com queda dos preços internacionais. A indústria extrativa foi o principal responsável pelo aumento em abril, com crescimento de 48,6% em valor. A indústria de transformação também teve importante contribuição, com crescimento de 16,6% no valor exportado. A agropecuária, por sua vez, apresentou queda de 7,9% devido à queda dos preços internacionais das commodities de 16,4% já que o volume aumentou em 10,2%. A exportação de óleos brutos de petróleo teve um crescimento de 92,4% em valor, sendo o segundo item mais importante nas exportações, com 14,9%, atrás da soja, que deteve 20,6% de participação e teve crescimento de 17,7%. O minério de ferro teve um crescimento de 9,2%, sendo o terceiro item que mais cresceu em exportações e respondeu por 7,8% das exportações totais. A China manteve a liderança como principal destino das exportações totais brasileiras, com 32,1% do total, mas com queda, apesar de ter aumentado o valor de US$ 9,22 bilhões em 2023 para US$ 9,91 bilhões em 2024. EUA e União Europeia apresentaram aumentos de 14% e 39,3%, respectivamente. A Argentina apresentou forte queda de 34,1%. O resultado de abril aponta para um forte crescimento do setor exportador de minérios e óleos combustíveis, com queda nos preços das commodities, mas aumento do volume, o que tem ajudado nos valores exportados. A queda nos preços reflete muito a situação de desaceleração econômica da China. Essa forte concentração na China como destino pode representar um risco importante.

Mudança na Meta Fiscal faz com que COPOM diminua ritmo de corte de juros, reduzindo a Selic em 0,25 p.p. para 10,50%

0s · Published 08 May 00:00
A decisão contrariou o forward guidance anunciado na última reunião do comitê, em março, quando reduziu a Selic em 0,50 p.p. para 10,75% e disse que essa seria a última redução programada nesse patamar. O COPOM vinha diminuindo a Selic em 0,50 p.p. há 6 reuniões seguidas, desde agosto de 2023. A redução no ritmo de queda da Selic não foi decidida por unanimidade, mas sim por margem de somente um voto de diferença, 5x4 a favor de uma redução de 0,25 p.p., onde todos que votaram a favor de uma redução maior são diretores escolhidos pelo Governo Lula. Segundo o comunicado divulgado junto com a decisão, a mudança na meta fiscal foi fator importante na decisão da redução menor da Selic para preservar a política monetária. Além disso, no cenário externo, a manutenção dos juros altos nos EUA e contínua pressão inflacionária também pesaram. Leia os trechos a seguir: “O Comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.” “O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países.” O resultado traz impactos na trajetória da Selic em 2024 e deve trazer revisões no crescimento do PIB ainda nesse ano e, com mais força, em 2025. A partir de agora, não há mais forward guidance e novas reduções de igual valor podem acontecer, mas vai depender muito da questão fiscal no Brasil e do início do processo de redução de juros nos EUA. A previsão de início de redução de juros nos EUA vem sendo adiada. As apostas agora são para um início de redução lento no segundo semestre. Aqui no Brasil, a mudança na presidência do Banco Central pode alterar o peso da balança no processo decisório das reuniões do COPOM, o que também pode trazer maior ritmo de redução dos juros.

Mudança na Meta Fiscal faz com que COPOM diminua ritmo de corte de juros, reduzindo a Selic em 0,25 p.p. para 10,50%

0s · Published 08 May 00:00
A decisão contrariou o forward guidance anunciado na última reunião do comitê, em março, quando reduziu a Selic em 0,50 p.p. para 10,75% e disse que essa seria a última redução programada nesse patamar. O COPOM vinha diminuindo a Selic em 0,50 p.p. há 6 reuniões seguidas, desde agosto de 2023. A redução no ritmo de queda da Selic não foi decidida por unanimidade, mas sim por margem de somente um voto de diferença, 5x4 a favor de uma redução de 0,25 p.p., onde todos que votaram a favor de uma redução maior são diretores escolhidos pelo Governo Lula. Segundo o comunicado divulgado junto com a decisão, a mudança na meta fiscal foi fator importante na decisão da redução menor da Selic para preservar a política monetária. Além disso, no cenário externo, a manutenção dos juros altos nos EUA e contínua pressão inflacionária também pesaram. Leia os trechos a seguir: “O Comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.” “O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países.” O resultado traz impactos na trajetória da Selic em 2024 e deve trazer revisões no crescimento do PIB ainda nesse ano e, com mais força, em 2025. A partir de agora, não há mais forward guidance e novas reduções de igual valor podem acontecer, mas vai depender muito da questão fiscal no Brasil e do início do processo de redução de juros nos EUA. A previsão de início de redução de juros nos EUA vem sendo adiada. As apostas agora são para um início de redução lento no segundo semestre. Aqui no Brasil, a mudança na presidência do Banco Central pode alterar o peso da balança no processo decisório das reuniões do COPOM, o que também pode trazer maior ritmo de redução dos juros.

Mesmo com superávit de R$ 1,2 bilhão em março, dívida do Brasil sobe para 75,7% do PIB, maior desde abril de 2022

0s · Published 06 May 00:00
A dívida subiu 0,2 ponto percentual em relação a fevereiro, segundo o BC. Em valores, corresponde a R$ 8,3 trilhões. No acumulado de 12 meses até março, a dívida aumentou 4,2 pontos percentuais. Em 2024, a alta foi de 1,3 ponto percentual. A DBGG (Dívida Bruta do Governo Central) é formada por governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e governos estaduais e municipais. O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e estatais – registrou superavit primário de R$ 1,2 bilhão em março. O resultado apresenta uma melhora em relação a 2023, quando teve déficit de R$ 14,2 bilhões, mas foi pior que os anos de 2021 e 2022. O saldo positivo foi puxado pelos governos regionais (estaduais e municipais), que tiveram superavit de R$ 3,4 bilhões. O governo central e as empresas estatais registraram déficits de R$ 1,9 bilhão e R$ 343 milhões, respectivamente. No acumulado de 12 meses, o setor público consolidado acumula um déficit de R$ 252,9 bilhões, o que representa 2,29% do PIB. O saldo negativo era maior em fevereiro, quando estava em R$ 268,3 bilhões. O alto déficit fiscal tem efeito duplicado sobre o endividamento do país. Além do déficit em si, que leva o governo a emitir títulos para cobri-lo, aumenta o risco, elevando as taxas de juros futuras, empurrando os juros para cima dos títulos que o governo precisa pagar para financiar a dívida. A tabela a seguir apresenta as elasticidades da dívida líquida (DLSP) e da dívida bruta (DBGG) a variações na taxa de câmbio, na taxa de juros e nos índices de preços para o mês de março de 2024. Ou seja, quando o Real se desvaloriza 1%, aumenta a relação dívida/PIB em 0,9 p.p. Se a inflação e a Selic caem 1 p.p. cada, a dívida/PIB cai 0,58 p.p. ou R$ 63,6 bilhões a menos.

Brasil fechou março com maior Investimento Estrangeiro Direto (IED) desde 2012, US$ 9,6 bilhões

0s · Published 02 May 00:00
No trimestre, o acumulado representou o maior IED desde 2017, US$ 23,3 bilhões. Em 2023, o país foi o 2º maior receptor, com US$ 64 bilhões, somente atrás dos EUA (US$ 341 bilhões), mas com uma queda em relação a 2022, quando recebeu US$ 73 bilhões. Os dados de março e do trimestre foram divulgados pelo Banco Central, indicando que o saldo bastante positivo do mês e do trimestre ajudaram a contrabalancear o aumento do saldo negativo do Balanço de Transações Correntes do país com o resto do mundo, que foi deficitário em US$ 4,6 bilhões em março de 2024, ante superávit de US$ 698 milhões em março de 2023. No acumulado de 12 meses, o Investimento Direto do País - IDP (equivalente ao Investimento Estrangeiro Direto - IED) vem se reduzindo desde 2023. Na comparação com o PIB, em março desse ano, o indicador ficou US$ 66,5 bilhões (2,98% do PIB) contra US$ 75,2 bilhões (3,76% do PIB) em março de 2023. Ainda assim, o saldo tem sido suficiente para financiar o saldo negativo das Transações Correntes do Brasil com o resto do mundo. A redução do IDP no período é menor do que a do déficit em transações correntes no acumulado em 12 meses, que está em US$ 32,6 bilhões (1,46% do PIB) em março. Essa diferença ajuda o país a aumentar suas reservas internacionais e traz estabilidade para a moeda. Os dados de 2023 foram divulgados pela OCDE mostrando que o Brasil passou de 3º para 2º maior destino em IED global, passando a China, que teve uma redução drástica no período, indo de US$ 190 bilhões de ingresso de IED para US$ 43 bilhões devido, principalmente, à sua crise do sistema imobiliário. Os EUA se mantiveram em primeiro lugar, mas também com uma redução de US$ 364 bilhões para US$ 341 bilhões. Segundo a OCDE, o mundo todo teve uma queda de 7% em IED em 2023. A entrada desse tipo de investimento é muito importante para o Brasil, pois é um investimento de longo prazo, que gera empregos, renda e impostos. São investimentos privados em projetos greenfield e de M&A de negócios já instalados aqui no país. Além dessa vantagem, a entrada desses tipos de investimentos ajuda a cobrir o déficit das Transações Correntes e melhora as reservas internacionais.

Dados sobre empregos formais e Taxa de Desemprego surpreendem positivamente

0s · Published 30 Apr 00:00
No mesmo dia, o Caged indicou que o Brasil criou 244.315 empregos com carteira assinada em março de 2024 e a A taxa de desemprego do Brasil subiu para 7,9% no trimestre encerrado em março, abaixo do aumento esperado de 8,1%. O resultado do Caged é recorde e representa uma alta de 25,7% na comparação com o mesmo mês de 2023, quando foram criados 194.372 postos. No acumulado dos três primeiros meses de 2024, o saldo do Caged é positivo em 719.033 vagas. No mesmo período de 2023, o saldo era de 536.869 postos de trabalho formais. A Agropecuária fechou 6.457 vagas. Em contrapartida, a Indústria Geral abriu 35.886 vagas, Construção Civil, 28.666 vagas, Comércio, 37.493 vagas e o Setor de Serviços, 148.722 vagas. A Administração Pública foi quem mais gerou empregos no mês de março, com 56.790 vagas. No acumulado do ano, todos os 5 setores acumulam saldo positivo, com serviços liderando. Segundo o ministério, 25 das 27 unidades federativas registraram saldo positivo na criação de empregos. O Estado de São Paulo teve o maior número de postos (76.941, alta de 0,6%), destaque para serviços (46.451). Alagoas foi o Estado com maior queda no saldo: – 9.589 postos (-2,2%), com impacto da fabricação de açúcar em bruto (-8.317) e cultivo de cana-de-açúcar (-1.425). Em relação à Taxa de Desemprego, apesar da alta, esse é o menor nível de desocupação para o período desde 2014, quando foi de 7,2%. A taxa aumentou 0,5 ponto percentual em relação ao 4º trimestre de 2023, quando era de 7,4%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, porém, recuou 0,9 ponto percentual. Era de 8,8% no 1º trimestre de 2023. A população ocupada no país era de 100,2 milhões no 1º trimestre. Caiu 0,8% em comparação com o 4º trimestre de 2023, o que corresponde a 782 mil pessoas a menos. Em 1 ano, porém, subiu 2,4% (2,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação foi de 57%, recuando 0,6 ponto percentual no trimestre e subindo 0,9 ponto percentual em 12 meses. A contínua melhoria do nível de emprego na economia brasileira tem dois fatores importantes envolvidos em sua explicação: o aumento das contratações formais no funcionalismo público e o setor de serviços, que continua empregando formalmente e, principalmente, informalmente.

Governo teve queda real de 39,8% no resultado primário no 1º trimestre em relação a 2023

0s · Published 29 Apr 00:00
O Governo central teve déficit primário de R$ 1,527 bilhão em março e apresentou déficit de R$ 247,4 bilhões, o equivalente a 2,2% do PIB, no acumulado de 12 meses. Nos três primeiros meses do ano, por sua vez, o governo central registrou superávit de R$ 19,431 bilhões ante R$ 31,209 de 2023. A receita líquida do governo central registrou aumento real de 8,3% em março em relação a 2023, somando R$ 163,860 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais subiram 4,3% na mesma comparação, alcançando R$ 165,387 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida alcançou R$ 534,220 bilhões, enquanto as despesas totais somaram R$ 514,789 bilhões. No mês de março, o aumento da receita veio do aumento de Cofins e Pis sobre a reoneração dos combustíveis e do aumento de Imposto de Renda Retido na Fonte da tributação dos fundos exclusivos, que tem sua última parcela nesse mês. Além disso, o aumento da produção industrial ajudou no IPI, junto com aumento da arrecadação com o aumento da massa salarial e com o pagamento de dividendos da Petrobras, que não ocorreu em 2023. O aumento das despesas pode ser explicado por dois fatores principais, que foram os aumentos nos pagamentos de benefícios previdenciários e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e reflexos do aumento no número de beneficiários e da política de valorização real do salário-mínimo. Por outro lado, não houve pagamento de precatórios. A meta de resultado primário para este ano é de déficit zero, mas os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento projetam atualmente resultado negativo de R$ 9,3 bilhões. Esse resultado está cada vez mais difícil de ser atingido, ao se observar que houve uma queda de 39,8% em termos reais do superávit no primeiro trimestre desse ano em relação a 2023.

Lei Geral da Reforma Tributária traz mais detalhes e deve ter ampla discussão no Congresso

0s · Published 26 Apr 00:00
O texto entregue, com 360 páginas e 499 artigos, ainda é o primeiro projeto de lei complementar de 3 que serão entregues, mas já traz maiores detalhes de muitos pontos aprovados no ano passado de forma superficial. A expectativa é de aprovar antes do recesso de meio de ano. A estimativa da Fazenda para a alíquota média dos novos tributos - que será fixada posteriormente - é de 26,5%, podendo chegar a 27,3%. Um dispositivo importante aprovado no ano passado garante, porém, que a arrecadação seja a mesma antes e depois da reforma, não trazendo aumento da arrecadação total, onde os cinco tributos que serão eliminados foram responsáveis por 31,5% da carga tributária bruta total do país no ano passado, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional. O projeto inclui 5 cargas tributárias sobre o consumo de bens e serviços, desde uma cesta básica completamente desonerada, com 15 itens, passando por itens com redução de 30% e 60%, itens gerais com alíquota cheia e os considerados nocivos à saúde e o ao meio ambiente, com aumento de carga tributária, através do Imposto Seletivo – IS, ainda a ser definido. Outros itens específicos, como combustíveis, terão regimes especiais. O texto traz mais detalhes sobre o programa de Cashback para devolver impostos para os mais pobres que estejam cadastrados em programas sociais, reembolsos pelo consumo de gás de cozinha, energia elétrica e água e esgoto, com alíquotas específicas. O esforço para efetivar a devolução desses impostos envolverá a Receita Federal e ainda permanece pouco esclarecido. A lista traz diversas exceções para produtos e serviços que terão alíquota zero, incluindo medicamentos, acessibilidade para deficientes, automóveis para deficientes, taxistas e motoristas de aplicativos, e serviços prestados por instituições científicas. Serviços de tecnologia ficaram de fora, denotando não haver uma preocupação de visão de futuro da proposta. Muitas reclamações e questionamentos continuam sendo levantados, como a não inclusão de carnes, como fonte de proteína, na cesta básica, que tem isenção total, mas sim com uma redução de 60%. A redução de 30% para profissionais liberais, como advogados, contadores e economistas também permanece como algo intrigante. A classificação de produtos que irão compor a lista do Imposto Seletivo também traz muita polêmica, pois muitos são consumidos pelos mais pobres. O projeto entregue é o primeiro de um total de três textos para regulamentar a PEC aprovada no ano passado. A expectativa é que outro projeto de lei complementar seja enviado após o feriado de 1º de maio para tratar do comitê gestor dos novos tributos. Há ainda a necessidade de projeto de lei ordinária para tratar do fundo de compensação aos Estados e as empresas, onde também deve tratar do Fundo de Desenvolvimento Regional – FDR, que irá substituir a atual guerra fiscal entre os estados. Não há mudanças significativas em relação ao que foi aprovado no ano passado, mas sim um maior detalhamento dos produtos e serviços que recebem tratamentos especiais – exceções. Os resultados esperados da reforma tributária ainda permanecem os mesmos: aumento significativo da carga tributária sobre os serviços prestados e redução não significativa da carga sobre os produtos. Esse resultado acontece, principalmente, por conta do número excessivo de exceções.

Pedidos de recuperação judicial cresceram quase 70% em 2023, segundo Serasa Experian

0s · Published 25 Apr 00:00
Esse foi o 4º índice mais alto registrado desde o início da série histórica, em 2005, e o maior valor desde 2020. Comércio liderou com crescimento de 88%, seguido por indústria (84%), primário (72%) e serviços (53%). O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. Já em relação aos portes, as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as que mais demandaram por recuperação judicial, com 77,8%. Em seguida, estavam os médios negócios (54%) e os grandes (48%). Os números de 2021 para 2022 tinham apresentado melhora, inclusive. Ao longo dos meses, houve uma maior concentração no segundo semestre e mais forte no mês de novembro, quando atingiu seu pico. Embora os sinais de melhoria tenham começado a surgir, como a queda da inflação e das taxas de juros, a reação no cenário de recuperação judicial mostra-se mais lenta. Os pedidos de falências também tiveram alta em 2023 com um aumento de 13,5%. As MPEs puxaram a alta (546), seguidas pelas médias (231) e grandes companhias (206). O setor que mais demandou pelos pedidos foi o de Serviços (373), seguido por Indústria (311), Comércio (292) e Primário (7). O cenário de negócios tem mostrado um ritmo mais lento na recuperação do crédito para as empresas ao longo de 2024. Com um risco fiscal mais alto, o Boletim Focus das duas últimas semanas mostrou que a Selic vai cair num ritmo mais fraco até o final do ano, que compromete a recuperação.

Percentual de famílias que recebem o Bolsa Família bateu recorde em 2023

0s · Published 24 Apr 00:00
No Brasil, 19% dos domicílios receberam recursos do programa, segundo o IBGE. Na região Nordeste, o percentual foi o maior de todas as regiões, com 35,5% dos domicílios recebendo recursos do programa. A região Sul foi quem recebeu menos, com 7,9%. Ao analisar o percentual de domicílios particulares com beneficiários do Bolsa Família em 2023 por estados, percebe-se uma disparidade ainda maior. No Maranhão, 42% dos domicílios recebem o programa, enquanto em Santa Catarina somente 4,5%. Todos os estados do Nordeste e Norte estão bem acima da média nacional. A disparidade de renda também é nítida entre os estados considerando todas as fontes de renda, incluindo do trabalho, aposentadorias, pensões e programas sociais. O Distrito Federal tem o maior rendimento médio mensal real domiciliar per capita, de R$ 3.215,00, enquanto o Maranhão aparece em último, com R$ 969,00. Ao analisar o rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos 40% da população com menores rendimentos, Santa Catarina se destaca, com o maior valor (R$ 889,00), enquanto o Acre vem em último, com R$ 295,00. Esse dado mostra que a desigualdade entre ricos e pobres ainda é muito alta, principalmente de forma regional e mesmo entre os mais pobres. Em 2023, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita manteve-se no menor valor da série. A Região Sul apresentou o menor índice. A Região Nordeste permaneceu com o maior índice, seguida de perto, nesse último ano, pela Região Sudeste. Entre 2022 e 2023, a desigualdade apresentou maiores variações nas Regiões Norte e Nordeste, ambas apresentando queda desse indicador. No Nordeste, o índice chegou, em 2023, ao seu menor valor da série. O Bolsa Família continua sendo um importante programa para diminuir a pobreza e a desigualdade regional, mas precisa ser tratado como um programa com saída. Investimentos devem ser prioridade para desenvolver regiões mais atrasada, mas pensando sempre em educação e na atração de investimentos com vistas nas oportunidades de cada região.

Ecio Costa - Economia e Negócios has 1200 episodes in total of non- explicit content. Total playtime is 0:00. The language of the podcast is Portuguese. This podcast has been added on August 24th 2022. It might contain more episodes than the ones shown here. It was last updated on May 13th, 2024 20:41.

Every Podcast » Podcasts » Ecio Costa - Economia e Negócios