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Pergunta Simples

by Jorge Correia

Vivam! O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.

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Episodes

Como comunicam os políticos? Domingas Carvalhosa

50m · Published 15 Nov 06:00
Há uma coisa crítica para qualquer comunicação. Boa comunicação: o tempo. O tempo certo. Claro que o modo importa. Claro que a audiência é vital. E naturalmente a mensagem é crítica. Mas sem um bom timing, tudo pode ser perfeito e falhar redondamente. E, por que estou eu a falar do tempo certo para comunicar? Porque a última semana demonstrou como na comunicação, tal como na política, o tempo é quase tudo. As surpresas fazem parte da vida. Deve ser a isso a que se refere um conceito chamado VUCA. Traduzindo a sigla é sobre um mundo cada vez mais Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo. Mas não foi sempre assim? Parece que sim. Mas agora ficou na moda dizer que ninguém controla nada de nada. E isso para quem julga que manda ou contra a marcha do mundo, deve ser profundamente angustiante. Este programa era para ser sobre comunicação, reputação e posicionamento das organizações. Saber o que fazem as empresas e como trabalham as agências de comunicação e relações-públicas que as apoiam. Uma conversa com Domingas Carvalhosa, da empresa de comunicação Wisdom e nova presidente da APECOM, a associação do sector. Tudo a pretexto de um estudo que faz um ranking das empresas, comunicadores e jornalistas com mais popularidade no país. Escusado será dizer que os comunicadores ficaram continentes e vaidosos e os jornalistas irritados por serem vistos como amigos e próximos. Portanto, o pretexto era simples: falar de comunicação. E o mundo deu uma pirueta. O Primeiro-Ministro demitiu-se. O Presidente anunciou a dissolução do parlamento. E há eleições em março. O que significa o tiro de partida de uma longa campanha eleitoral de mais de 4 meses em pleno espaço mediático. É por isso o tempo em que a política e a comunicação se encontram. As ideias, os palcos e as 'personas' apresentam-se perante os olhos dos públicos eleitores. Esta conversa foi gravada depois da demissão e antes do anúncio da dissolução. Esta cronologia é importante porque nestas alturas tudo se acelera ainda mais e fica mais imprevisível. ÍNDICE DE TEMAS & TEMPOS: (00:02:51) O posicionamento estratégico do primeiro-ministro. (00:04:51) A emoção na comunicação do primeiro-ministro (00:06:51) O descontrolo na comunicação do primeiro-ministro (00:09:51) A estratégia de esclarecimento de António Costa. (00:10:51) A narrativa do vazio (00:13:51) A comunicação do presidente da república (00:14:51) Marcelo Rebelo de Sousa como uma pessoa das pessoas (00:17:51) O teatro público de Marcelo Rebelo de Sousa (00:20:51) A estratégia política do presidente Marcelo Rebelo de Sousa (00:22:51) A estratégia de comunicação de Luís Montenegro nas eleições (00:25:51) A mensagem do candidato (00:26:51) As soluções para os problemas (00:28:51) A comunicação política e a reputação (00:33:51) A importância da reputação (00:35:51) A gestão da reputação (00:37:51) O trabalho da reputação nas organizações (00:38:51) A importância do propósito nas empresas (00:39:51) A obrigação das empresas em cumprir normas não financeiras (00:42:51) A falta de regulamentação do lobbying em Portugal (00:46:51) A necessidade de legislação para garantir transparência (00:47:51) O aumento da transparência como forma de combater a corrupção Leia mais JORGE CORREIA (00:00:00) - Viva. Domingas Carvalhosa, comunicadora, gera neste momento uma agência de comunicação. Podemos defini la assim A Wisdom é também presidente da APC, que onde se juntam todas as organizações e agências que trabalham esta coisa da comunicação. Quando nós falamos há uns dias, a ideia desta conversa era que ela fosse precisamente sobre isto, sobre a comunicação, sobre sobre as agências, sobre o setor. E falámos sobre isto. E eis que senão o destino nos trocou as voltas por uma questão e de que maneira? Não é que por uma questão de porque os factos estão a andar muito depressa.

Estarei louco? Inês Homem de Melo

1h 1m · Published 08 Nov 06:00
Hoje é dia de falar da loucura. No sentido mais amplo do mundo. Da saúde mental, da boa saúde, dos médicos psiquiatras, das dores de alma dos doentes, das famílias e dos seus vínculos. TÓPICOS DE CONVERSA: [00:00:13] Loucura, Saúde, Arte Na Psiquiatria [00:07:22] Diagnóstico E Fronteira Da Normalidade [00:12:39] Síndrome do Impostor e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade TDAH [00:17:33] Psicodrama [00:29:30] Emoções Intensas E Doença Mental [00:39:40] Intervenção Precoce Na Saúde Mental [00:48:43] Relações De Vinculação E os seus Impactos [00:59:40] O Tempo É Relativo É uma sopa rica de temas. E por falar em comida, foi precisamente num jantar que conheci a Inês Homem de Melo. Num jantar muito especial com pessoas de uma organização chamada Manicómio. Que se dedica a integrar pessoas com doença mental através da arte. E nesse jantar-debate foi-nos entregue a tarefa de moderar os comensais. Não na comida, mas na partilha de ideias. E foi sem surpresa que se percebeu que isto da saúde mental, ou da falta dela, toca a todos, independentemente da sua condição social ou económica. Nesta edição passeamos por esses labirintos das forças e fraquezas da nossa mente. Inês Homem de Melo é médica psiquiatra. E também música. Pensa rápido e ainda fala mais rápido. Nesta conversa torrencial faço o papel do jogador que tenta acalmar o ritmo do jogo enquanto ela corre para marcar mais um par de golos na minha baliza. A Inês pensou várias vezes em desistir do curso de medicina até que se encontrou com a psiquiatria. E isso mudou tudo. Vamos por partes. Sendo isto um podcast sobre comunicação, Inês Homem de Melo faz questão de ter tempo para ouvir os seus doentes. Sim, ouvir. E falar com eles. E explicar tudo. E voltar ao início outra vez. É uma espécie de raro cuidado num mundo em aceleração desmiolada. De que se fala no consultório da Inês? De sofrimento. Principalmente de sofrimento. Afinal vamos ao psiquiatra quando algo nos dói muito cá dentro. E não dá para encontrar respostas fazendo análises, radiografias ou TACs. Só se chega lá pela palavra dita. Pela palavra escutada. Pela fala interpretada. Pela reinvenção dos significados. É neste momento em que juntar a ciência e a criatividade dá um grande jeito. Em momentos em que é importante entender a fronteira entre o normal e o patológico. No fundo, o assumir da absoluta diversidade que somos apagando o conceito do que é normal. O normal é um conceito, talvez, demasiado valorizado. Posto isto, apertem os cintos. Vem aí uma conversa sobre famílias, adolescentes, drogas, vínculos emocionais, conflitos existenciais, pessoas com défice de atenção, depressões e ansiedades. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:13 - JORGE CORREIA Olá vivão. 0:00:14 - Bem-vindos ao Pregunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Hoje é dia de falar da loucura no sentido mais amplo e lato do mundo da saúde mental, da boa saúde dos médicos, psiquiatras, das dores de alma dos doentes, das famílias e dos seus vínculos. Desde a mais tem realidade. É uma sopa rica de temas. E por falar em comida, foi precisamente num jantar que conheci Inês Homem de Mélod, um jantar na ordem dos médicos, um jantar muito especial com pessoas de uma organização chamada Manicómeo, que se dedica a integrar pessoas com doença mental através da arte. E nesse jantar de bate foi-nos entregue a tarefa de moderar os comensais não na comida mas na partilha de ideias. E foi sem surpresa que se percebeu que isto da saúde mental, ou da falta dela, toca a todos, independentemente de sua condição social ou econômica. Nesta edição vamos passear por esses labirintos das forças e das suas coisas da nossa mente. Inês Homem de Mélod é médica, psiquiatra e também música. Pensa rápido e fala ainda mais rápido. Nesta conversa torrencial eu faço o papel do jogador que tenta acalmar o ritmo do jogo enquanto ela corre para marcar...

Qual é o som perfeito? | Manuel Faria

1h 1m · Published 01 Nov 06:00
Procuro o som perfeito. O som que nos inspira. Que nos faz sentir bem. Que nos envolve. Pode ser uma música, pode ser uma voz rica com o timbre mais bonito que ouvimos alguma vez. Pode ser o vento, a chuva ou o mar. Num mundo onde há bombas a cair, gritos de quem sofre ou silêncio de quem não sobreviveu, celebro os sons bons. Do choro da criança que nasce, da voz que se embarga de alegria, da música, do fado e folclore que nos explica esta coisa de ser português. Da voz que nos acalma na ansiedade ou nos incita para a próxima conquista. Este episódio é uma dança entre o silêncio e o som. De onde vem o som? Vem todo o lado. Vem ter connosco a todo o momento. Até estranhamos quando não vem de lado nenhum. Quando há o silêncio. A ausência de som. Que até nos pode incomodar. Que nos obriga a preencher esse vazio. Uma das técnicas de entrevista que sempre gostei de usar é a de guardar um par de segundos de silêncio quando pressinto que a pessoa com quem falo está prestes a dizer-me precisamente o era obrigatório dizer. O silêncio apenas criou espaço para isso. Depois há o som. Omnipresente. Vem de frente, de trás, dos lados, de baixo, de dentro de nós, da nossa garganta ou do centro do ouvido. O som imersivo. Que se poder recriar em estúdio usando uns curiosos microfones em forma de orelhas humanas. Para nos sentirmos ainda mais dentro do som. Som que pode pintar espaços com ambientes sonoros. Quem não se lembra do eco das salas grandes ou da surdez das casas com muitas alcatifas, ou cortinados pesados. Ou da vibração sonora no estádio de futebol. Do centro comercial em hora de ponta. Ou do cantor, à capela, nas ruas da cidade, ou no terreiro da aldeia, ao desafio, apenas com uma concertina. São tudo sons da nossa vida. E dentro deles o da voz humana. O mais belo instrumento. Atentem nos primeiros segundos à voz que vos apresento. É de Manuel Faria, um arquiteto do som. Um criador de ambientes sonoros. Façam silencio. Subam o volume. Este programa é para degustar. Então e quais são os sons da sua vida? Quais são os que preenchem a banda sonora da sua existência? Há uma música especial? Talvez aquela que tocada no mais mágico dos momentos. Ou será o marulhar das ondas do mar de verão? Ou da ventania da tempestade de inverno? E as vozes? De quem é a voz que guardam no momento em que vos disse algo ao ouvido. Daquelas vozes que parecem carregadas de eletricidade. Que dizem palavras com poder infinito de nos emocionarem. Pensem nisso. Liguem a essa pessoa, com a voz mais significativa do mundo e digam-lhe que gostam dela. Da voz e da pessoa. Se houver um pequeno silêncio a seguir, sorvam-no com lentidão. É um silêncio dos bons. Respirem fundo. Escutem atentamente. Permitam-se perder-se nas melodias que envolvem a sua vida. Existem sons que transcendem o tempo, que ecoam na trilha sonora da sua jornada. Existe uma canção especial? Talvez aquela que tocou no momento mais mágico da sua vida. Ou será o som das ondas num calmo mar de verão? Ou o vento furioso de uma tempestade de inverno? E as vozes? De quem é aquela voz que ainda ecoa nos seus ouvidos? Aquela voz que parece carregar uma eletricidade única, capaz de emocionar profundamente. Pensem nisso. Conectem-se com essa pessoa, com a voz mais significativa do mundo, e digam-lhe que a amam. Amem a voz e a pessoa. Se houver um breve silêncio depois disso, saboreiem-no com calma. É um silêncio que traz paz. Leia mais 00:00:12:22 - 00:00:39:09 JORGE CORREIA Vivam bem-vindos ao pergunta simples ou voz pública sobre comunicação? Nunca é demais agradecer vos. O programa fez 150 episódios. Estamos no episódio 151 da contagem. Neste exato programa são mais de 5000 ouvintes regulares que merecem este encontro semanal. Para falarmos de comunicação nas suas múltiplas vertentes. Uma desculpa como outra qualquer para nos encontrarmos e falarmos da vida.

Como ser feliz? | Jorge Humberto Dias

54m · Published 25 Oct 05:00
Hoje meto-me numa grande empreitada: Descobrir os caminhos para a felicidade. E não, não é um ‘podcast’ de autoajuda, não vende livros “seja feliz em 10 passos”, ou sequer arrisca dar algum conselho sobre o tema. Prometo boa ciência, maneiras de ouvir as pessoas e uma suave mistura entre expectativas e resultados. Encontrar a felicidade parece uma busca interminável. Começando pela definição de felicidade. O que é “ser-se feliz?” A pergunta só tem uma resposta subjetiva. Cada um define para si próprio o que é ser feliz. E após definir o conceito há que contar com as expectativas. Se formos uns perfecionistas encartados, a felicidade pode estar sempre num nível difícil de atingir. Tal como a inveja da felicidade alheia pode afinal ter um efeito de ricochete. Invejar é muito diferente de desejar. Com Jorge Humberto Dias, filósofo, professor de ética e estudioso da felicidade, percorro os matizes da felicidade. Por exemplo, a relação entre bem-estar e felicidade, explorando a ideia de que sem satisfação do bem-estar, a felicidade fica difícil de ser alcançada. E sobre receitas infalíveis para se ser mais feliz. Por exemplo, o amor e a amizade como elementos universais e o direito humano à felicidade. E viajamos até ao coração das organizações, das escolas e das empresas. As mais avançadas avaliam o coeficiente de felicidade de líderes, trabalhadores, professores e alunos. Mas não esquecemos os pais. Que ora exigem tudo das escolas. Ora passam os fins de semana a insultar os árbitros em jogos de futebol juvenil. A diferença entre felicidade e frustração é cada vez mais volátil. O mal-estar na vida pessoal ou profissional passa uma fatura alta. E nesta edição tenho em vista perceber causas e consequências. Escolhendo alguém que se assume como feliz. A ideia de felicidade pode ser mais simples do que parece. Ainda que possa ser transitória. Mas se fizermos o que gostamos, se gostarmos de quem gosta de nós e tivermos uma autoestima sem grandes remendos, então o caminho fica muito mais fácil. Capítulos e Pontos-Chave (0:00:00) - Felicidade E Inveja (0:06:39) - Bem-Estar, Felicidade E Trabalho Na Atualidade (0:20:29) - Gestão E Desempenho Nas Organizações (0:28:08) - Reciclagem De Traços Da Personalidade (0:33:03) - Influência Negativa Dos Pais No Desporto Jovem Em detalhe (0:00:00) - Felicidade E Inveja A consciência, avaliação, objeto da avaliação, expectativa e inveja como fatores da felicidade. (0:06:39) - Bem-Estar, Felicidade E Trabalho Na Atualidade Bem-estar, fatores infelizes, amor e amizade são discutidos como fundamentos da felicidade. (0:20:29) - Gestão E Desempenho Nas Organizações Gestão equilibrada, treino social, psicológico e mental, metodologia mista, cooperação, Seleção Nacional de Portugal e Real Madrid são discutidos para entrega de resultados. (0:28:08) - Reciclagem De Traços Da Personalidade Discutimos como equilibrar e melhorar a personalidade, a felicidade no trabalho, autonomia, ferramentas de agilidade e confiança. (0:33:03) - Influência Negativa Dos Pais No Desporto Jovem Missão, valores, códigos de ética e conduta afetam desempenho, produtividade e estabilidade emocional e psicológica no futebol juvenil, exigindo dos clubes soluções para auxiliar os pais. Leia mais 00:00:13:03 - 00:00:39:13 Jorge Correia Ora vivam! bem vindos ao Pergunta sSimples a voz. Podcasts sobre comunicação. Hoje meto me numa grande empreitada descobrir os caminhos para a felicidade. E não, não é um caso de autoajuda. Não vende livros. Seja feliz para sempre. Dez passos ou sequer arrisca dar algum conselho sobre o tema? Prometo, sim, boa ciência, maneiras de ouvir as pessoas e uma suave mistura entre as expectativas e os resultados. 00:00:39:26 - 00:00:52:18 Jorge Correia E conto com uma boa ajuda para isso. Vamos ao programa. Vamos a isso. 00:00:55:09 - 00:01:27:16 Jorge Correia

Porque precisamos de certezas? | Francisco Miranda Rodrigues

51m · Published 18 Oct 05:00
Os tempos não estão fáceis. Há uma sensação permanente de imprevisibilidade. Não sentem isso? O terrível sentimento de que não controlamos nada. Nada de nada. Em bom rigor sabemos que a incerteza é a única regra que vale na existência. Mas ter a certeza da incerteza pesa na nossa cabeça. E a saúde mental está ficar com umas valentes nódoas negras. A pandemia está a passar a fatura. Mais a guerra, a inflação, os juros, o preço das casas, a metrologia louca. Vivemos uma espécie de efervescência. Uma espécie de jogo de forças que nos desgasta a cada passo. É esse moer do dia a dia que aproveita todas as entradas da nossa vulnerabilidade. Sobra a ansiedade, o sono turbulento, as depressões escondidas para não se notar no emprego ou entre os amigos. O que fazemos para contrariar isto? Vou em busca de respostas com Francisco Miranda Rodrigues. Psicólogo. Atual bastonário dos psicólogos. É uma conversa carregada de labirintos, sombras e luzes. Das organizações e as suas lideranças. Das pessoas e das suas dores e ressurreições de alma. Falámos de profissionais à beira de um ataque de nervos. E de como será difícil curar esta gigante ferida social. Pedir auxílio no tempo certo é porventura um dos mais sensatos conselhos que podemos receber. Sim, elas podem não matar, mas moem. E enquanto na dor física é tido como normal ir à procura de ajuda, nas dores emocionais o caminho é menos direto. Ora porque desvalorizamos. Ora porque não nos levam a sério. E algumas destas pessoas em sofrimento podem escolher um caminho mais radical. Lemos nas redes sociais que se suicidaram, que descompassaram e atacaram alguém ou simplesmente fecham-se numa concha escura de desesperança e ruidoso silencio. Vale estar atento e apoiar o que nos rodeiam. Se suspeitarem que alguém tem a mente a doer, fiquem de olho, liguem os ouvidos e estendam a mão. Resumo dos Capítulos (TIMESTAMPS): Capítulo 1 [00:02:14] Saúde mental na pandemia A pandemia trouxe consigo uma onda de incertezas, que levou a um aumento expressivo dos casos de ansiedade e depressão. [00:07:14] Francisco Miranda Rodrigues, psicólogo e Bastonário dos Psicólogos, nos guia através desta realidade alarmante. Capítulo 2 [00:12:14] Incerteza e medo Com a constante mudança da situação global, os meios de comunicação desempenham um papel crucial na disseminação de informações. [00:17:14] No entanto, a incerteza e o medo que acompanham as constantes atualizações podem ser prejudiciais para a nossa saúde mental. Capítulo 3 [00:22:14] Mobilização em tempos de crise Como a sociedade se mobiliza durante uma crise? [00:27:14] O aumento de teorias da conspiração [00:32:14] está se tornando uma preocupação cada vez maior. [00:37:14] A capacidade de discernir entre informações verídicas e falsas é essencial. [00:42:14] Especialistas estão a trabalhar incansavelmente para combater a desinformação. [00:47:14] Uma abordagem proativa e informada é vital para a nossa saúde mental e bem-estar durante estes tempos incertos. Leia mais 0:00:00 - JORGE CORREIA FRANCISCO MIRANDA RODRIGUES psicólogo agora na função no papel de bastonário dos psicólogos. É um especialista em psicologia do trabalho, em psicologia social e das organizações e bem precisamos Francisco. Como é que está a nossa saúde mental? É? 0:01:47 - FRANCISCO MIRANDA RODRIGUES pergunta clássica a saúde mental no geral dos portugueses, como a de muitos outros cidadãos de outros países, ficou agravada depois da pandemia que passamos? 0:02:08 - JORGE CORREIA o que é que nos fez a pandemia. 0:02:10 - FRANCISCO MIRANDA RODRIGUES pandemia colocou nos desafios com os quais nós não nos deparávamos. Provavelmente muitos de nós nunca nos tínhamos deparado, mesmo alguns, alguns, se calhar já mais velhos, se calhar terem tido alguns outros desafios semelhantes ou pelo menos semelhantes na grandeza de desafio.

Fernando Alvim | Como ser criativo?

38m · Published 04 Oct 05:00
Será que o politicamente correto está a ganhar a luta contra as almas livres? Estarão as almas mais criativas a ficar resignadas? Este é o resumo desta conversa sobre comunicação e ideias loucas. Sobre humor e grandes histórias. E sobre o peso da opinião da fervorosa horda dos 'canceladores' digitais anónimos das redes sociais na tribo dos pensadores mais livres. Como o Fernando Alvim que aceitou estar no programa. Fernando Alvim é uma das pessoas mais criativas e loucas que conheço. É um livre-pensador e um ávido executor das mais loucas ideias de comunicação. Seja na telefonia, com algumas das mais míticas perguntas, sem filtro, ouvidas na rádio, seja nos eventos que inventa para provar simplesmente que é possível. Não é preciso dizer que Fernando Alvim advoga sempre pela necessidade de espaço para ideias inovadoras e bizarras e como o politicamente correto está a moldar a nossa sociedade e criatividade. E, o mais preocupante, é que ele admite que já pensa duas vezes antes de publicar algo que admite poder criar alguma turbulência. Será que esta autocensura é um risco real à liberdade de expressão e à criatividade? Claro que Alvim é sempre Alvim. E por isso podemos continuar a acompanhar o seu festival Monstros do Ano, para celebrar o bizarro e o insólito. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:02:11 FerdandO Alvim, radialista, comunicador, mestre de ideias loucas, e eu quero falar sobre isso contigo. Quem é o Ferdand Alvin? Quem é este? tu, de verdade, Não sei bem. Sei que toda a minha vida dediquei à comunicação. Com treze anos Eu posso dizer que sou o pequeno soulo da Rábia A Mestracha, onde Comecei numa Rábia Pirata. Uma Rábia Pirata Numa Rábia Pirata, que foi a que comecei, e depois profissionalizei-me. Passado uns três, quatro anos, comecei a ganhar dinheiro e de repente percebi que ela ia ser a minha atividade principal. Curiosamente, passados muitos anos, sem qualquer tipo de discurso demagógico, eu diria que faria o que faço hoje sem que pagassem. Escusa-te-se, eu diria que nunca diria isto às minhas imediatas. Que faça mais, mas não deixe-te ser muito curioso. Fazemos aquilo que nós gostamos. É logo o clique para fazer a coisa bem feita. Acho que é uma sorte. Acho que é uma sorte para começar. Nós temos essa possibilidade de fazer aquilo que nós gostamos E, sim, acho que é uma vantagem enorme desde logo em relação a todos os outros que fazem aquilo que não gostam. Não é. Você pensa que o que gostas a partir da traz um desempenho melhor, melhor. Isto não é liquido. E não tens tempos de cansaída, unestamente não. Então tu começaste com 13. E agora tens, tenho 50. Pronto, então eu tenho. Mas é que me sei Genéricamente. Tu tens 40 anos de carreira. Sim, eu tenho um livro que editei a cerca de 20 e que se chamava 50 anos de carreira. Aliás, foi a Simona da Líbera que eu apresentasse. Faz parte da tua forma. O que é que foi o clique, o que é que te levou a tu sentir que Ok, este é o meu mundo, este é é uma coisa que te descompes aos 13 anos ou é uma coisa que vem de tráse? o pequeno Alvin já era, será alguém que queria falar com as pessoas. Não, eu acho que era, era um mídico que gostava de comunicar, mas ainda assim estaria longe de perceber que a minha atividade ia ser essa, ia ser justamente a comunicação. Eu acho que foi a partir do momento é que comecei a ler os livros de Micheal Esteves Cardoso, que percebi que era para ali, que eu queria ir. Os livros do Mac, o que é que está a fazer os livros do Mac, a causa das coisas, os meus problemas, todas as influências que ele me deixou. O Mac era grande apreciador do Backat e ao acosta dele descobri todo a obra do Backat, também da Acostina Bessa-Louis, todo o movimento do surrealismo com a Derebra, tom e coisas assim. Tive uma revista literária durante muitos anos, que era 365. E depois percebi que aquilo que gostava mesmo era de comunicar e divertir. E percebi também que o humor era uma extraordinária arma de comuni...

Maria do Céu Machado | Como se entendem os bebés?

55m · Published 27 Sep 05:00
Como entendem os pediatras os bebés? É uma pergunta que sempre me fascinou. Afinal a criança muito pequena não fala. Apenas chora, resumia, ri, come ou dorme. Todavia, os pediatras têm uma espécie de caixinha tradutora de tipos de choros, esgares ou movimentos do corpo que serve de tradutor simultâneo. Já agora nesse exercício de comunicação sobra sempre um olhar para os pais ansiosos, ali ao lado. Então se forem pais de primeira filho… Nesta edição converso com a médica pediatra Maria do Céu Machado. E falámos de crianças, de adolescentes e dos pais deles. De saber que os pais perguntam o que se dá de comer ao novo ser ou que os adolescentes vão espreitar ao Doutor Google para depois argumentarem com os médicos. Como este é um ‘podcast’ sobre comunicação, fiquei a saber como se dizem as más notícias, como é difícil fazer prognósticos e como muitas das queixas de doentes contra os médicos tem como base a má comunicação. Conheço Maria do Céu Machado há muitos anos e um dia fizemos um curso de treino de fala pública e mediática. No fundo, um manual prático de como se movem e o que procuram os jornalistas. E de como se devem comportar os oficiais públicos que tem de responder às perguntas mais difíceis. Um treino de choque. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:13 - JORGE CORREIA Ora Viva-o. Bem-vindos ao Pregunto a simples, o vosso podcast sobre comunicação. Nesta edição falamos de saúde, de comunicação em saúde, de vida e de morte, os médicos e os doentes, os que sofrem e os que tentam ajudar. Da linguagem há calibração de expectativas, da relação médico-doente, dos prognósticos até aos influenciadores digitais. Tudo cabe nesta conversa, tudo cabe nesta edição. Vamos ao programa, vamos a isso. Como entendem os pediatras dos bebés? É uma pergunta que sempre me fascinou. Afinal, a criança muito pequena não fala, apenas chora, resmunga, ri, come ou dorma. E todavia, os pediatras têm uma espécie de caixinha tradutora de tipos de choro, de desgarros ou de movimentos do corpo que servem de tradutor simultâneo. Já agora, neste exercício de comunicação, sobra sempre um olhar para os pais ansiosos ali ao lado. Então, se forem pais de primeira água, de primeiro filho, então é que é Nesta edição conversa com uma médica, pediatra, marido, são Machado, e falamos de crianças, de adolescentes e dos pais deles, de saber que os pais perguntam ainda o que é que se está a ver ao novo ser ou ao novo bebê, do que os adolescentes vão espretar ao Dr. Google para depois argumentarem com os seus médicos. Como este é um podcast sobre comunicação, fiquei a saber como se dizem as mais notícias, como é difícil fazer prognósticos e como muitas das queixas contra os médicos afinal assentam numa má comunicação. Conheço marido São Machado há muitos anos e um dia fizemos um curso de treino de fala pública e de política, no fundo um manual prático de como se movem e o que procuram os jornalistas e de como se devem comportar os oficiais públicos que têm de responder às perguntas mais difíceis. Foi um treino de choque. A experiência do media training foi assim, uma experiência tão radical. Ai foi completamente. 0:02:25 - MARIA DO CÉU MACHADO Contamos às pessoas o que aconteceu Então a nossa assessora de comunicação, a minha professora da Sul que é Isabel, propôs-nos, aos dirigentes que eram eu e os dois altos comissários adjunto Rita Magalhães Colasso, que agora é a assessora do presidente, e o José Maria Albuquerque e os coordenadores dos programas prioritais do Plano Nacional de Saúde, fazer um media training. Nós tossemos todos o nariz porque achamos que nós sabíamos falar com os avistas. não tem problema nenhum. 0:02:56 - JORGE CORREIA E ela insistiu É uma coisa fácil, não é Existiu e resolvemos então dar um dia, então damos um dia. 0:03:02 - MARIA DO CÉU MACHADO Lá foi marcado. Fomos para a escola de comunicação, escola superior de comunicação. Tivemos uma parte da manhã com o Jorge Correia,

Aline Castro | Como comunicar com o público?

33m · Published 20 Sep 05:00
Hoje vamos mesmo falar em exclusivo sobre comunicação. Sobre os dilemas de comunicação que se levantam nas instituições, empresas, organizações ou grupos sociais quando toca a vez de falarem aos cidadãos. Neste episódio poderá ouvir sobre: A importância da comunicação orientada para o público em geral [00:00:12]Comunicar para o público em geral é nobre e útil, abrindo-se à sociedade e garantindo que os cidadãos estejam informados. A utilidade e compreensão na linguagem utilizada [00:01:37]A comunicação deve ser útil e evitar o uso de jargões profissionais, utilizando uma linguagem simples e clara. A criação de canais de comunicação para ouvir a reação do público [00:02:54]É importante criar canais para ouvir a reação do público, mesmo que seja uma reação negativa, pois é melhor do que o silêncio absoluto. A importância da linguagem acessível [00:07:54]Discute-se a resistência em simplificar a linguagem técnica e a necessidade de aproximar as pessoas. A confusão entre comunicação pública e comunicação privada [00:10:41]Aborda-se a visão antiga de que a comunicação pública é apenas para promover autoridades e como lidar com essa confusão. A necessidade de comunicação orientada para o interesse público [00:12:00]Explora-se a importância de comunicar de forma compreensível e útil para ganhar imagem e reputação. Reações do público [00:15:00]Como o público reage quando a comunicação não é de interesse público e a importância do engajamento. Indignação e mau uso da comunicação [00:16:19]Eles falam sobre a indignação do público e como lidar com as críticas, além de abordar o mau uso da comunicação. O papel do porta-voz [00:20:26]Discutem as características de um porta voz ideal, aquele que se conecta com a audiência e transmite humanidade. A importância do recetor na comunicação [00:22:11]A comunicação só existe quando o receptor entende e absorve a mensagem, minimizando ruídos e facilitando a compreensão. Mudando a lógica da comunicação organizacional [00:25:08]A necessidade de colocar o outro em primeiro lugar na comunicação pública, mostrando como os serviços e procedimentos podem realmente mudar a vida das pessoas. O trabalho estratégico de comunicação [00:26:23]A importância de fazer um trabalho estratégico de comunicação, parando a "máquina da pastelaria" para ter tempo de pensar e refletir sobre o que está a ser feito. A ilusão dos likes e a expectativa de viralização [00:29:53]Discutem a expectativa de que um conteúdo viralize nas redes sociais e a realidade de que isso raramente acontece. As consequências de um viral negativo [00:30:40]Abordam como os cancelamentos e críticas nas redes sociais podem gerar crises de comunicação e reverberar mais rápido do que conteúdos de utilidade pública. A importância de facilitar o acesso à informação [00:31:35]Aline fala sobre a gratificação de receber feedbacks positivos e agradecimentos por fornecer informações acessíveis e úteis às pessoas. Vamos até ao Brasil, até São Paulo com a Aline Castro, uma comunicadora e autora de um interessante ‘podcast’ sobre comunicação pública. Chama-se precisamente “Comunicação Pública - Guia de Sobrevivência” e mostra muitas das dores de alma e pequenas vitórias dos comunicadores nas organizações que servem. Comunicar para o público em geral é das coisas mais nobres e úteis que um a organização pode levar a cabo. Significa abrir-se à sociedade, garantir que os cidadãos estão informados e criar condições para acolher o ponto de vista do público na organização. No fundo, a comunicação quer criar elos de ligação entre pessoas. E por isso deve ser sempre orientada por dois princípios fundamenta: as utilidade e o entendimento. Dou um exemplo: se a comunicação for apenas um veículo de propaganda e de massagem do ego da organização e a sua liderança, ela não funciona. O público é inteligente e rapidamente esse tipo de comunicação torna-se irrelevante ou mesmo contraprodu...

Vitorino de Almeida | A música conta boas histórias?

52m · Published 13 Sep 05:00
Descrever esta conversa como uma entrevista é claramente uma ideia errada. Nem quero arriscar ir por aí. Talvez pudesse dizer que é desconcertante. Mas no mais belo sentido da palavra. O Maestro António Vitorino de Almeida é uma 'persona' muito especial. Mistura uma vasta cultura geral e musical com uma ironia e humor capaz de dinamitar qualquer dogma de que a cultura tem que ser algo sério e pomposo. Apaixonou-se pela música através de uma bateria. E acabou como exímio pianista e criador de sinfonias. Com ele falei sobre a música enquanto instrumento de comunicação universal. Não depende da língua, dispensa palavras e nem precisa quase de referenciais culturais para a entendermos. É como se a música fizesse sempre parte de nós. O maestro que nos contou as histórias dos músicos desde Viena e que fez concertos em igrejas de aldeias confessa-se desgostoso pela falta da cultura da nossa Lisboa. Mas se acham que a conversa é só sobre música, desenganem-se. Há um momento de fábula em que se conta a história de uma amizade com um búfalo no Jardim Zoológico ou como Moledo é o seu sítio de sempre. Há tantas provocações e risos nestes minutos. Do jazz que desafia os compasso mais quadrados e binários até ao cinema que valeu a Portugal o primeiro prémio internacional para Portugal. E tudo porque Vitorino de Almeida teve de aprender a realizar os seus próprios programas em Viena porque os realizadores eram demasiado caros. É Portugal continua na mesma: todos a desenrascar qualquer coisa para que algo aconteça. E depois transformamos dificuldades em saudades e seguimos. Tópicos da conversa: (0:00:13) - Início do episódio: Discussão sobre o papel da música como ferramenta de comunicação e o papel do maestro António Vitorino de Almeida na transformação musical e cultural de Portugal. (0:04:50) - A experiência do maestro em Viena (0:09:30) - Reflexão sobre a universalidade da música e a experiência do maestro na direção de programas de televisão. (0:14:24) - Início da discussão sobre a evolução do jazz e da ópera e a sua influência no cenário musical. (0:21:40) - Reflexão sobre como o jazz introduziu o acentuar dos tempos fracos e a grandiosidade da ópera dos séculos 17 e 18. (0:29:10) - Discussão sobre como a música má pode atrair pessoas e transformar-se num negócio. (0:35:10) - Início da discussão sobre a possibilidade de transmitir sentimentos entre diferentes espécies de animais. (0:42:00) - Reflexão sobre a experiência do maestro de viver em harmonia com a natureza e a inteligência natural dos animais. (0:49:44) - Início da discussão sobre o impacto do turismo em Lisboa e a cultura local. (0:51:30) - Opinião do maestro sobre o uso de instrumentos tradicionais e a música de Madonna. Leia mais Transcrição automática 0:00:13 - JORGE CORREIA Ora Viva. 1. Bem-vindos ao Pregunto Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Estamos de volta à nova série de programas, novos episódios, novas pessoas para ouvir, para ouvir falar da comunicação, de formas de comunicar, dos dilemas da comunicação. Como sempre, a partir de setembro é tempo de recomeçar E nesta edição poderia dizer que falamos de música, mas isso é muito pouco para descrever uma conversa com o mestre, o vitorino de Almeida, um contador de histórias imitável que se ri com grande prazer E isso é francamente contagioso. Vamos ao programa, vamos a isso. Descrever esta conversa como uma entrevista é claramente uma ideia errada e redutora. Nem quero arriscar a ir por aí. Talvez pudesse dizer que é desconcertante, mas no mais belo senti da palavra. O maestro António Vitorino de Almeida é uma pessoa muito espacial. Mistura uma vasta cultura já alimusical com uma ironia e humor capaz de dinamitar qualquer dogma de que a cultura tem de ser algo sério e pomposo. Apeixonou-se pela música através de uma bateria, quem diria, e acabou com o isêmio pianista e criador de sinfonias.

José Avillez | Sabe pela vida?

58m · Published 06 Sep 17:08
Já voltaram de férias? Foram boas? Divertiram-se? Comeram e beberam? Riram-se e abraçaram? Nadaram ou fizeram boas caminhadas? Ou simplesmente leram um bom livro e ficaram a ver as estrelas nas noites quentes? Os frescas. Que este verão está a ser ventoso. Nesta edição falámos de alta cozinha. E já vamos falar do bom que é saborear grandes, frescos e suculentos alimentos cozinhados com quem sabe muito de sabores. Mas quero ainda deixar um pé nas férias para notar que os preços estão pela hora da morte. A vida está cara, mas o sector do turismo está a abusar. A desgraçada da inflação de 10% transforma-se como que por multiplicação dos pães em 20 a 30% na fatura dos restaurantes e hotéis. Os pratos mais banais, da omeleta de pouco mais que ovos ao bitoque subiram dos 10 euros para os 13. Os pratos especialidade da cada dos 12 para os 19. Com aquele detalhe irritante do acompanhamento agora vir quase sempre à parte com mais 3 ou 4 euros extra. As sobremesas cresceram em preço e diminuíram de tamanho e o café dos 70 cêntimos passou para um euro por rotina ou euro e meio para ser bebido na esplanada. Mas a questão dos preços no turismo não tem só a ver com euros. Também tem a ver com serviço. Notei nos últimos meses que estão a desaparecer os empregados de sempre dos nossos cafés e restaurantes. O empregado simpático, bom comunicador, conhecedor dos nossos gostos e até, às vezes, desgostos. Mas principalmente capazes de nos mimarem de ter connosco boas ainda que breves interações. Para onde foram estas pessoas? Porque vieram outras pessoas, mais mecânicas, menos comunicadoras, mais viradas para fazer o que há para fazer, e menos para cuidar, para acolher. Como se o ato de ir comer ou dormir num sítio bom fosse um mero ato burocrático, ou administrativo. Essa reflexão fez-me querer recuperar a conversa que o Chef José Avillez me ofereceu. Tudo sobre acolhimento, excelência e relação. Alta qualidade e com preços a condizer. Hoje é dia de ficar com a boca cheia de água. De experimentar a gula a todo o vapor. De ler nas texturas dos alimentos. De cheirar. De provar. De depenicar. De petiscar. De empanturrar barriga e olhos das mais belas iguarias. Com um mestre, um Cheff, José Avillez, português, mas sempre na lista dos 100 melhores cozinheiros do mundo. Este programa é sobre comida, alimentos, ingredientes, povos e culturas. https://vimeo.com/808089798?share=copy

Pergunta Simples has 173 episodes in total of non- explicit content. Total playtime is 145:26:56. The language of the podcast is Portuguese. This podcast has been added on November 25th 2022. It might contain more episodes than the ones shown here. It was last updated on May 17th, 2024 18:41.

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