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Pergunta Simples

by Jorge Correia

Vivam! O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.

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Episodes

Augusto Fraga | Como se vê Rabo de Peixe?

1h 5m · Published 21 Jun 05:00
Vivam, bem vindos a Rabo de Peixe, ilha de S. Miguel, Açores, Portugal.Este episódio é passado em Rabo de Peixe, vila piscatória açoriana, onde em 2001 deu à costa uma tonelada e meia de cocaína, nascida de um veleiro castigado pelo mar. Rabo de Peixe enche o olho. A série e a vila piscatória. Entre a luz e as reviravoltas da narrativa, no caso da série. Entre o mar e a terra, entre a dificuldade que é viver neste sitio e a esperança de fugir para emigrar para a América. A história e os atores enchem a alma. Rabo de Peixe é uma série sobre a possibilidade. Sobre a oportunidade de mudar a sorte da vida. E essa sorte ou azar vem em forma de fardos de cocaína que dão à costa neste local da ilha de S.Miguel. E de como esse facto modifica radicalmente a vida na localidade. Das histórias pitorescas de venda de cocaína em copos, ou como farinha para fritar filetes de peixe, às vidas desgraçadas, vidas despedaçadas pela toxicodependência. Quero deixar um aviso: falei com Augusto Fraga sobre a história de Rabo de Peixe. E há alguma que outra revelação do enredo. Se já viram a série, podem continuar a ouvir tranquilamente. Quando aos outros, é hora de decidir. Até porque veremos de perto o personagem interpretado pelo ator Albano Jerónimo. Mas esta conversa vai mais fundo. Para podermos falar de desigualdade. De ricos e pobres. De dificuldades e oportunidades. Afinal ter nascido em sítios como Rabo de Peixe, ou outros semelhantes, pode marcar o futuro para sempre. Ou pelo menos obrigar a um esforço muito maior para atingir uma vida boa. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 00:00:12:23 - 00:00:42:10 JORGE CORREIA Olá. Vivam bem vindos a rabo de peixe. Ilha de São Miguel, Açores, Portugal. É este o caso? Pergunta simples é passado tudo em rabo de Peixe, vila piscatória açoriana onde, em 2001 deu à costa uma tonelada e meia de cocaína nascida de um veleiro castigado pelo mar. E esse facto histórico que inspirou o autor e realizador Augusto Fraga a inventar e a filmar a série portuguesa que chegou ao sétimo lugar do top mundial da Netflix. 00:00:42:24 - 00:01:12:15 JORGE CORREIA O sucesso foi tão grande que vai haver uma segunda temporada rabo de peixe encher o olho de uma maneira ou de outra. A série é a vila piscatória entre a luz e as reviravoltas da narrativa. No caso da série entre o mar e a terra, entre a dificuldade que é viver neste sítio e a esperança de fugir para emigrar para a América. 00:01:13:02 - 00:01:36:18 JORGE CORREIA A história e os actores enchem a alma, mas as pessoas de Rabo de Peixe ainda enchem mais a alma. Vale a pena visitar esta vila piscatória? Rabo de Peixe é uma série sobre a possibilidade, sobre a oportunidade de mudar a sorte da vida. E essa sorte ou azar veio em forma de fardos de cocaína que dão à costa neste local da ilha de São Miguel. 00:01:37:02 - 00:02:06:06 JORGE CORREIA Em 2001, e de como este facto modifica de forma radical a vida na localidade, das histórias pitorescas da venda de cocaína a copo ou como farinha para fritar filetes de peixe, as vidas desgraçadas vidas despedaçadas pela toxicodependência. Quero deixar um aviso. Falei com Augusto Fraga, gravei este programa, falamos sobre a história de Rabo de peixe, da série e de uma maneira ou de outra, alguma revelação do enredo. 00:02:06:16 - 00:02:29:19 JORGE CORREIA Se já viram a série, podem continuar a ouvir tranquilamente. Quanto aos outros, é hora de decidir se preferem ver a série primeiro ou ouvir este programa e depois irem a correr ver a série, porque é isso que vai acontecer, tenho a certeza, até porque vamos ver de perto o personagem interpretado pelo ator Albano Jerónimo. E essa personagem é mesmo extraordinária. 00:02:30:07 - 00:02:54:24 JORGE CORREIA Mas esta conversa vai mais fundo para podermos falar de desigualdade de ricos e pobres, de dificuldades e de oportunidades. Afinal, ter nascido em sítios como rabo de peixe ou outros semelhantes pode marcar o futuro para sempre ...

Dulce Salzedas | Como perguntar sobre a saúde?

55m · Published 14 Jun 05:00
Hoje é dia de falar de jornalismo de saúde. De comunicação em saúde. É uma paixão de sempre e nisso estamos juntos, eu e a convidada desta edição: Dulce Salzedas. Da arte de perguntar até à forma como se contam histórias num tema tão sensível, importante e delicado. De que falam duas pessoas que falam há anos do mesmo tema: a saúde dos portugueses, a saúde em Portugal? Falam de tudo. Falam da vida. Falam de saúde. Falam de comunicação. Dulce Salzedas é jornalista profissional, fundadora da televisão SIC e especialista em assuntos de saúde. Esta é uma conversa entre dois amigos. Com paragens para refletir sobre a forma como estamos a comunicar, como a curiosidade é um motor infinito e conhecer pessoas é uma das melhores profissões do mundo. Nesta conversa sabemos o que sente a doente súbita Dulce na maca de um hospital e deambulamos sobre percurso de qualquer português nos corredores do SNS. Talvez por causa desse ímpeto de missão ao serviço dos outros na encruzilhada da saúde com a comunicação, Dulce Salzedas informa uma pessoal e intransmissível decisão: suspender a sua carreira como jornalista e iniciar-se ao serviço do SNS. Se eu estivesse a falar de futebol, diria que esta é a transferência do ano. Vou estranhar não ter a Dulce a contar-me as notícias que contam. Mas celebrarei todos os seus sucessos a comunicar saúde do lado do SNS. Ser ou estar jornalista? Ser ou estar comunicador? Ser ou estar doente? Ser ou estar saudável? Ser ou não ser SNS. Ser sempre. Em todo o lugar, somos sempre nós. E num mundo fluido, caótico e imprevisível, ser é tão importante como estar. Estar ao serviço dos outros é uma forma de estar. Como o prova a Dulce Salzedas. Tópicos de Conversa: Importância da comunicação em saúde [00:00:13] Os apresentadores discutem a importância da comunicação em saúde e como contar histórias nesse tema é sensível e delicado. Decisão de suspender carreira como jornalista [00:01:29] A convidada fala sobre sua decisão de suspender sua carreira como jornalista e se dedicar ao serviço de comunicar saúde. Adaptar perguntas ao entrevistado [00:05:06] Discutem a importância de adaptar o tipo de pergunta ao entrevistado e ao contexto em que se está. Adaptação da linguagem [00:07:04] Dulce Salzedas fala sobre a importância de adaptar a linguagem ao entrevistado e como isso é uma das coisas que mais a atrai na profissão. Fazer perguntas adequadas [00:08:43] A importância de fazer perguntas adequadas ao entrevistado e adaptar o tipo de pergunta ao contexto em que se está. Experiência em televisão e rádio [00:12:57] A experiência em televisão e rádio, destacando as diferenças entre as duas mídias e como a imagem é mais importante na televisão. Importância da pergunta [00:15:22] A importância da pergunta adequada e ética ao entrevistado e adaptar o tipo de pergunta ao contexto em que se está. Política de saúde [00:17:59] A política de saúde e como ela afeta a vida das pessoas, explicando como as boas políticas de saúde têm efeitos positivos na comunidade. Comunicar saúde [00:20:06] Discutem a importância de comunicar a saúde, explicando às pessoas como elas podem usufruir dos sistemas de saúde e como o serviço nacional de saúde tem uma arquitetura jurídica e um edifício jurídico total. Comunicação em saúde [00:23:24] Dulce Salzedas fala sobre sua ambição de trabalhar em comunicação em saúde e como pretende tornar a comunicação em hospitais mais humanista e próxima. Suspensão da carreira de jornalista [00:24:04] Explica que decidiu suspender sua carteira profissional para se dedicar à comunicação em saúde, mas acredita que as duas atividades não são incompatíveis. Sistemas de saúde em outros países [00:26:57] Comenta sobre a lógica dos sistemas de saúde em países como Inglaterra, Dinamarca e Suécia, e destaca a importância da comunicação clara e acessível para os cidadãos.

Tânia Gaspar | Estamos à beira de um ataque de nervos?

50m · Published 07 Jun 05:00
As pessoas estão a sofrer. Isso mesmo, sofrem por causa do trabalho. O tema não é muito discutido, mas algo de grave está a acontecer. Olhem os números. Os crus números dum estudo feito a uma amostra de 2 mil trabalhadores: 80% confessa que sente pelo menos uma destas coisas: tristeza, irritabilidade, exaustão e cansaço extremo. E 63% dos respondendentes tem 3 destes sintomas. Os ingleses usam como definição para isto a palavra “burnout” Nós por cá usamos a expressão “está todo queimadinho” ou “fritou da pipoca” quando alguém já mostra sinais claros de esgotamento. E o que tem a ver isto com comunicação? Muito. Depois de optimizar as máquinas sobram os humanos para otimizar. Para incrementar a sua produtividade. A sua performance. E isso está a gerar múltiplas contradições nos ambientes de trabalho. Das expectativas desmedidas ao afastamento entre as lideranças de topo e os trabalhadores de base. Com um grupo a fazer de fiambre ou queijo nesta sandes: as ditas chefias intermédias. São um dos grupos que mais sofre psicologicamente tentando absorver as tensões da base e do topo. Em resumo: está quase toda a gente à beira de uma ataque de nervos NOTAS E TEMAS: Impacto do trabalho na saúde mental dos trabalhadores [00:01:17]80% dos trabalhadores em Portugal confessam sentir tristeza, irritabilidade, exaustão ou cansaço extremo. A psicóloga Tânia Gaspar discute a importância do bem-estar dos trabalhadores. Identificação com a função e o papel na organização (00:05:14)Tânia Gaspar fala sobre a importância da identificação com a função e o papel na organização, em vez da identificação com a organização em si. Jovens valorizam a vida individual e querem sentir-se valorizados e ter autonomia. Ligação e propósito no trabalho (00:06:11)A ideia de propósito e ligação no trabalho é discutida como uma forma de engajamento e realização pessoal. Jovens querem sentir-se valorizados e ter justiça intergeracional. Impacto do trabalho na saúde mental dos trabalhadores (00:07:26)A psicóloga Tânia Gaspar discute a importância do bem-estar dos trabalhadores e da identificação com a função e o papel na organização. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (00:08:41)Os apresentadores discutem a dificuldade de estabelecer limites entre trabalho e vida pessoal, especialmente com a tecnologia moderna. Prevenção do burnout (00:11:15)Tânia Gaspar fala sobre estratégias para prevenir o burnout, incluindo limitar o tempo gasto em e-mails e outras tarefas relacionadas ao trabalho. Impacto do trabalho na saúde mental dos trabalhadores (00:13:16 - 00:15:48)Discute-se o burnout e os sintomas associados, bem como as causas que vão além do excesso de trabalho. Teletrabalho e trabalho híbrido (00:17:34 - 00:19:43)Reflete-se sobre a resistência das organizações em manter o teletrabalho e o trabalho híbrido, apesar de serem opções mais desejadas pelos trabalhadores, e a importância da liderança e do contato com os colegas. Avaliação do desempenho em teletrabalho (00:18:25 - 00:19:42)Sugere-se a avaliação do desempenho dos trabalhadores em teletrabalho para as empresas poderem tomar decisões mais informadas sobre a manutenção ou não dessa modalidade de trabalho. O papel das lideranças (00:21:18)Discute-se a importância de lideranças justas e inspiradoras, que confiam nos seus subordinados e têm uma visão estratégica global. A importância da visão estratégica (00:24:04)A psicóloga Tânia Gaspar fala sobre a importância de uma visão estratégica para a organização, mas que não deve ignorar os problemas reais dos trabalhadores. Os desafios das chefias intermédias (00:25:51)Discute-se o papel das chefias intermédias, que muitas vezes são pressionadas a controlar e a imiscuir-se em situações que não têm conhecimento, e que precisam de equilibrar a visão estratégica com as necessidades dos trabalhadores. Importância da liderança na comunicação (00:26:32)Discute-se a importância da lider...

Paula Rebelo | O que é notícia na saúde?

53m · Published 31 May 05:00
O que é uma grande história de saúde na televisão? Este é o mote para falar de critérios editoriais, fator humano, tecnologia e esperança no futuro. Onde falámos da importância da saúde, das notícias mais interessantes e das pessoas que sabem muito da sua área de saber, mas precisam de treino para explicar coisas complexas ao grande público. O que é uma grande história? O que é uma grande notícia? Todos lemos nos jornais, ouvimos na rádio, vemos na televisão ou simplesmente acompanhamos nas redes sociais as notícias que fazem a chamada atualidade. Cada meio de comunicação tem a sua forma editorial de escolher e contar as notícias. Mas os critérios jornalísticos de base são sempre os mesmos. Manda a atualidade. A importância dos factos para a audiência. A proximidade. A importância das personagens do dia. E outros fatores que são sempre parte da escolha. Tem uma história emoção? Tem interesse humano? Tem boas imagens, bons sons ou fotografias que explicam tudo? E mesmo que uma história tenha tudo isto, a notícia de cada jornalista concorre dentro da colmeia da redação com outras propostas de notícia, com outros temas, com outros feitios de editores e diretores. Uma boa história pode pura simplesmente ficar no congelador se o governo caiu, se o Benfica for campeão, se houver uma tragédia súbita ou um notável morrer. E, algumas vezes, o fútil e acessório, come espaço às notícias que mexem verdadeiramente com a nossa vida. Ou então sou eu a achar que as notícias que assumo como sérias são mais importantes do que aquelas que nos distraem, fazer rir ou invejar as vidas mais leves que as nossas. Mesmo em temas importantes há grandes desequilíbrios nas coberturas noticiosas. Por exemplo, em qualquer redação há vários jornalistas a fazer política. Outros tantos a fazer economia. E ao mesmo nível há também múltiplos jornalistas a fazer desporto. Ou deveria dizer, futebol. O resultado é uma cobertura desproporcional destes temas em relação e outros também muito importantes: a educação, a saúde, o ambiente. Normalmente áreas sociais. E há outro desequilibro: nas notícias há muito, muito, muito Lisboa. E pouco país. Algum Porto. Quase nada Vila Real, Bragança, Viseu ou Évora. Ocasionalmente ouvimos as vozes da Madeira e dos Açores. Mas há demasiado centralismo. Nos temas também é assim. E no caso da saúde sobram uma dezena de jornalistas especialistas sérios a trabalhar um tema de grande importância para todos nós. E o tema saúde é claramente minoritário no menu das notícias do dia. Mesmo em tempos de pandemia ouvimos mais política sobre a pandemia do que saúde, epidemiologia, doentes, médicos. Embora a pandemia até foi um momento de aparente mudança de paradigma: à chuva dos tudólogos, que tudo comentam, de que tudo fingem sabem, juntou-se finalmente uma força de resistência pública e mediática de verdadeiros especialistas. E foi fácil ver a diferença entre a água e o vinho. Temas: 00:04:06 Vertente humana é essencial. 00:11:18 Simplificando histórias complexas 00:16:03 Ciência explicada com honestidade. 00:17:02 Partilha de conhecimento é essencial. 00:24:28 Comunicar durante a pandemia 00:29:28 Inovação no SNS 00:33:24 Flexibilidade e trabalho de equipa 00:39:32 Jornalismo foca no extraordinário. 00:46:37 Valorização da saúde é importante. 00:52:03 Importância do jornalismo crítico. Leia mais 00:00 Jorge Ora Vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Como funcionam as fábricas das notícias? Como escolhem os factos que merecem ser notícia ou jornalistas? Que critérios usam para incluir no telejornal o relato de factos ou a explicação de contextos? E na área da saúde? São os critérios os mesmos? Esta edição é sobre isso, sobre notícias da saúde, como se fazem notícias na área da saúde, sobre a maneira como se escolhem as notícias que são notícia,

Eduardo Zugaib | Como atingir grandes objetivos?

41m · Published 24 May 05:00
Já ouviram a expressão “partir o elefante às postas?” Sim, quando o problema é demasiado grande ou o objetivo demasiado longínquo. Sim, partir os elefantes aos pedaços ajuda na sua digestão e assusta menos. As organizações têm este problema todos os dias para resolver. As grandes organizações têm este problema numa escala ainda maior. E cada um de nós tem o nosso próprio jardim zoológico de questões para resolver. Eduardo Zugaib tentou ajudar-nos a resolver a grande embrulhada da complexidade em que nos metemos. Não só o tamanho dos problemas, mas também o conflito de personalidades e de agendas diversas, na sociedade, nas organizações e até, nas famílias. Ele propõe criar pequenas rotinas, os tais pouquinhos, para criar dinâmicas positivas, simples e com resultados sustentados. Contudo, não chega. É preciso que haja propósito firme, alinhamento e principalmente empatia. Tudo baseado numa forma de comunicar que ele batiza de 5.0 E este é que é o verdadeiro segredo do Eduardo: a comunicação empática. Que se centra no outro e não no seu umbigo. O que nos leva ao seu principal mantra: a excelência é um hábito. E dá para falar disso. E praticar muito. TEMAS Regularidade e sustentabilidade (00:02:36)Eduardo Zugaib fala sobre a importância da regularidade e sustentabilidade na busca pela excelência, tanto em processos pessoais de transformação quanto no desenvolvimento das lideranças das organizações. Aristóteles e a excelência como hábito (00:03:26)Eduardo Zugaib cita Aristóteles e sua frase "a excelência não é um ato, é um hábito" para explicar a importância da regularidade e dos pequenos hábitos na busca pela excelência. Valores e cultura organizacional (00:04:50)Eduardo Zugaib discute a importância de perceber quais são as pequenas atitudes que ajudam a tornar os valores e a cultura organizacional em uma realidade percebida, e não apenas uma retórica que não é vivida no dia a dia. Identificação de valores (00:07:27)Eduardo Zugaib fala sobre a importância de identificar os valores da organização e confrontá-los com a realidade atual. Liderança tóxica (00:11:27)O impacto negativo da liderança tóxica na cultura da empresa e a importância do feedback e da correção de desvios de conduta. Liderança empática (00:13:56)A diferença entre liderança tóxica e empática, e como desenvolver uma liderança mais voltada para o bem-estar do grupo e menos para o sucesso individual. Queda do líder (00:14:37)Eduardo Zugaib fala sobre a inevitabilidade da queda de um líder e a importância de ter apoio da equipa para se reerguer. Custo humano do resultado (00:15:55)O custo humano de um resultado é discutido, incluindo absentismo, rotatividade e impacto no desenvolvimento da organização. Liderança empática (00:17:29)O que é uma liderança empática é discutido, incluindo a importância de ouvir, entender e construir uma equipa diversa e preparada para lidar com a complexidade do mundo. Revolução do Pouquinho (00:21:45)Eduardo Zugaib fala sobre o seu livro "Revolução do Pouquinho" e dá dicas sobre como fazer mudanças pouco a pouco. Adaptabilidade e Inércia (00:22:27)Eduardo Zugaib discute a importância da adaptabilidade e da resiliência para enfrentar desafios e evitar a inércia. Conforto e Sustentabilidade (00:26:10)Eduardo Zugaib critica o discurso de sair da zona de conforto e defende a importância da sustentabilidade para alcançar a excelência de forma confortável e sustentável. Humor e Leveza (00:28:06)Eduardo Zugaib fala sobre a importância do humor e da leveza, mas com conta, peso e medida, para lidar com as dificuldades e desafios da vida. Importância do Humor na Educação do Adulto (00:29:37)O humor e o riso permitem ao adulto ter um pensamento mais criativo e abstrato, competência cada vez mais exigida pelo mercado. Além disso, o humor torna o ambiente mais leve e dispara hormonas relacionados ao sentimento de satisfação e prazer.

Ana Sanchez | Como comunicam os cientistas?

49m · Published 17 May 05:00
Hoje viajamos pela arte de comunicar ciência. Os cientistas passam os dias metidos em laboratórios ou algures a observar o mundo. Pensam, inventam hipóteses, fazem experiências. E no momento Eureka!, há que pensar em como se conta a descoberta ao povo. É esse o momento chave na comunicação cientifica. E lato senso, tem uma grande ciência por detrás. O mundo infinitamente grande ou infinitamente pequeno merece sempre uma boa explicação. Os cientistas vagueiam no limiar entre o conhecimento, sempre limitados, e a ignorância infinita. Movidos por uma curiosidade sem fim, dedicam-se a fazer perguntas sem parar. Procuram respostas. Usam o método científico para tentar uma e outra vez confirmar ou infirmar a hipótese uma e outra vez reformulada. É um caminho onde os fracassos são permanentes e as grandes descobertas raras. A ciência avança em pequenos passos. E cada vez mais é mais complexa, mais abstrata, mais profunda. O que a torna mais inacessível para quem não compreende o simples quanto mais o complexo. Mas a ciência precisa de ser explicada. Precisa de ser entendida. Seja por analogia, seja por simplificação, há que encontrar um caminho, uma narrativa, um vislumbre. É o que faz diariamente Ana Sanchez, uma cientista apaixonada pela arte da comunicação. Cabe-lhe hoje o papel de tradutora simultânea entre as minhas perguntas e os segredos dos cientistas. Temas e Capítulos (timestamps) O que motiva os cientistas a escolherem um problema para estudar? (00:04:31) Ana Sanchez fala sobre a força motriz que leva cada cientista a escolher um problema para estudar, mencionando a sua própria motivação em imaginar o que está a acontecer dentro de uma planta. A importância da comunicação de ciência para torná-la acessível ao público (00:01:11) O apresentador destaca a importância da comunicação de ciência para torná-la acessível ao público, enquanto Ana Sanchez fala sobre a necessidade de encontrar uma narrativa para explicar a ciência. O trabalho de Ana Sanchez no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) (00:02:38) Ana Sanchez fala sobre o seu trabalho no ITQB, onde acompanha o trabalho dos cientistas e participa de encontros para saber o que estão a fazer. Ciência fundamental e aplicada (00:05:35) Discussão sobre a distinção entre ciência fundamental e aplicada, e como muitas vezes essas fronteiras não são tão diferentes. Importância da ciência fundamental para a tecnologia (00:07:15) Explicação sobre como o conhecimento dito fundamental é importante para o desenvolvimento de tecnologias, como nas vacinas para a COVID-19. Sorte na ciência (00:10:00) Discussão sobre a importância da sorte na ciência e como ela pode ter influenciado o desenvolvimento das vacinas para a COVID-19. Comunicação de ciência (00:10:45) Ana Sanchez fala sobre a importância da comunicação de ciência e como a incerteza é um aspecto importante a ser considerado. Contradições na ciência (00:12:24) Ana Sanchez discute a ideia de que os cientistas se contradizem e explica que isso pode acontecer em áreas de fronteira do conhecimento. Equilíbrio na comunicação científica (00:15:21) O apresentador e Ana Sanchez discutem o equilíbrio complicado entre dar respostas claras e imediatas e reconhecer a incerteza na comunicação de ciência, especialmente durante a pandemia. Importância da incerteza (00:15:55) Ana Sanchez discute a importância de reconhecer a incerteza na comunicação de ciência e como isso pode afetar a credibilidade da ciência. A ciência como ferramenta (00:19:11) Ana Sanchez explica que a ciência é uma ferramenta para entender o mundo e propor teorias, mas que outras considerações podem ser necessárias para tomar decisões. Comunicação científica (00:21:21) O apresentador discute como os cientistas comunicam e menciona a importância de reconhecer quando as informações mudam.

Pedro Vieira | Quais são os princípios da influência?

37m · Published 10 May 05:00
Nesta edição detalhamos as fórmulas de comunicação que todos usamos para nos influenciarmos uns aos outros. Influenciar é um ato natural entre seres humanos. De forma consciente ou inconsciente todos tentamos convencer os outros da nossa verdade. Pode ser nas coisas mais simples: “já viste a última série de tv?” Ou um “vês como o meu clube de futebol joga bem e vai ganhar o campeonato?” Uma forma de dizer: “junta-te a nós!”. No desporto, na política, nos negócios, na cultura. Normalmente os processos de influência até tem um bom objetivo final: ajudar-nos a viver melhor. Se essa influência partir de alguém que pensa genuinamente em nós. O pior é se quem nos quer influenciar tem uma chamada “agenda escondida”. Quer-nos levar a fazer coisas que apenas servem, ou principalmente servem, os interesses do influenciador. E aqui as coisas tornam-se desonestas. Porque a maioria destas técnicas usa ratoeiras emocionais que exploram as nossas vulnerabilidades. E por isso há que estar-lhes atento. Neste programa converso com Pedro Vieira. Ele é um treinador de pessoas, ou como dizem os ingleses, um 'coach'. E ele explora este tema que cruza comunicação com a influência, com mestria. Em particular os 6 princípios da influência, de Roberto Cialdini. Por exemplo, o princípio da prova social, autoridade, afinidade, escassez, compromisso e consistência, e reciprocidade. Estes princípios podem ser usados para manipular as decisões e ações das pessoas, e por isso é importante estar ciente destas táticas para se defender contra elas. Por isso importa que haja honestidade na influência, anunciando claramente as suas intenções desde o início. Esta é a chave para uma influência positiva e produtiva. Já agora não pense que isto da influência menos transparente tem só a ver com os outros. Sim, todos podemos ser assim. E é por isso é importante ser autoconscientes na compreensão das nossas próprias intenções. O encantamento faz seguramente parte caixa de ferramentas de um bom influenciador. Também alguém que honestamente nos convence a decidir . A fronteira entre a influência positiva e honesta da manipuladora e dissimulada é estreita. Vale estar atento e perceber desde o início porque nos estão a hipnotizar de forma simbólica. Assim tomaremos decisões mais conscientes e menos sensíveis aos cantos de sereia. TEMAS Trabalho de um coach [00:02:27]Os speakers explicam como um coach ajuda as pessoas a explorarem caminhos e possibilidades para alcançar seus objetivos. Influência e manipulação [00:07:23]A diferença entre influência e manipulação, e como ambas usam os mesmos mecanismos de comunicação. Interesses na comunicação [00:08:36]A importância de ter clareza sobre os interesses das pessoas envolvidas na comunicação e como isso pode afetar a influência exercida. Princípios da influência [00:09:48]Os seis princípios da influência, segundo o psicólogo Robert Cialdini, são discutidos, com destaque para a diferença entre influência e manipulação. Afinidade ou simpatia [00:13:05]O princípio da afinidade ou simpatia é explicado, com ênfase na sua exploração por manipuladores para gerar empatia e constrangimento. Inconsciente e tomada de decisão [00:11:22]A ativação subconsciente de ideias e mecanismos que levam a tomada de decisões que não correspondem à vontade consciente. Princípio da Autoridade [00:15:27]Como a autoridade é utilizada para exercer influência e manipulação nas relações interpessoais. Coerência e Compromisso [00:19:02]Explicação de como o princípio da coerência e compromisso é utilizado para manipular as pessoas a cumprirem com as suas promessas e sentirem-se constrangidas caso não o façam. Sentido Crítico [00:18:49]O alerta sobre a importância de se ter um senso crítico relativamente à autoridade e à credibilidade atribuída a uma pessoa, mesmo que ela se apresente como especialista ou autoridade em determinado assunto.

Augusto Canário | Como se canta ao desafio?

1h 0m · Published 03 May 05:00
Neste episódio do ‘podcast’ Perguntas Simples, é explorada a tradição do Cantar ao Desafio, uma prática de cantar de improviso típica das Romarias do Alto Minho, mas que também se encontra noutras regiões de Portugal, como o Alentejo ou os Açores. O mestre Augusto Canário é ouvido a exemplificar esta arte da música, que se destaca pelo jogo com as palavras em rimas e pelo uso do subentendido para misturar escárnio e maldizer com folclore. Os não ditos, os subentendidos, a caricatura e a ironia são jogados de improviso e sem rede nem preparação prévia. Capítulos: 00:00:17 Cantar ao Desafio. 00:07:05 Repentismo. 00:09:45 Brincadeiras na cantoria. 00:13:46 Temática e diversidade. 00:15:09 Ensino de música popular. 00:19:23 Tradição do cantar ao desafio. 00:22:28 Fado como património cultural. 00:26:19 Caricaturista com palavras. 00:29:05 Temas polémicos em cantarias. 00:32:39 Violência machista e doméstica. 00:37:16 Cantadores analfabetos e cultos. 00:41:33 Linguagem com segundo sentido. 00:43:28 Linguagem rural. 00:46:44 Interação com o público. 00:50:16 Improviso na música. 00:55:02 Desgarradas com três cantadores. 00:57:40 Peregrinação. Nesta edição cantamos ao desafio. De concertina na mão, no terreiro da romaria, de improviso, cantamos ao desafio. É um regresso ao mais puro cantar do alto-minha. Uma espécie de cantigas de escárnio e mal dizer, mas em forma folclórica. Típica das romarias. Mas não exclusiva do Minho. O Alentejo, os Açores e outras regiões tem estas maneira de cantar ao desafio. Nesta edição ouvimos o mestre Augusto Canário. Mestre do dito e do não dito… e do quase dito. Todos percebemos que ele ia a dizer… mas ele não disse. Estamos por isso no terreno do subentendido. Uma marca fundamental da linguagem humana. Cantar ao desafio faz parte da alma do alto-Minho. Frente a frente, com os pés na terra, na taberna ou junto a uma capela da romaria, dois homens, agora também mulheres, jogam com as palavras, em rimas, para gozar reciprocamente. Há regras próprias deste cantar ao desafio. Há um ritmo marcado pela concertina. Há uma praxe. Primeiros as apresentações, depois o jogo de menorizar os oponentes através de finas rimas. Há algumas regras neste jogo, regras não escritas. As canções são de improviso. O objetivo é mostrar-se maior, mais capaz, mais bonito, mais tudo. Ora cantando os seus feitos e características, ora gozando com os fracassos ou defeitos dos outros cantadores. No cantar ao desafio, os temas rodam muitas vezes pelo sexo. Mas também aqui há uma arte. Os cantadores dão a entender, mas nunca são explícitos. Há um jogo de subentendidos. Uma espécie de código percebido entre cantadores e espetadores. Usam-se analogias. usam-se os sorrisos marotos, usam-se as rimas que sugerem a palavra explicita que afinal não aparece. A esta arte chama-se repentismo. E Augusto Canário é, a par de Quim Barreiros, ícone maior desta maneira de cantar A ROMARIA DE S: JOÃO D´ARGATodos os anos, a 29 de agosto, celebra-se a festa em honra de S. João d Arga.Nas vésperas os romeiros viagem até ao centro da Serra d Arga no concelho de Caminha para cumprirem as suas promessas ou simplesmente para celebrar a vida.É neste sitio onde acontece a magia maior do cantar ao desafio.Quando lá forem levem um farnel, provem o cabrito assado e bebam aguardente com mel.E assim vão perceber melhor as vozes que cantam o alto-Minho. Leia mais 00:00:00:13 - 00:00:05:28 Jorge Augusto Canário, músico, cantador popular. Como é que se apresenta a Augusto Canário. 00:00:07:05 - 00:00:29:24 Canário Normalmente apresentado como cantador e principalmente, principalmente artesão de cantigas do tempo como titular? Aliás, este é um cartão de visita que dizia tocador de concertina e cantador por paixão. Não deixou de ser isso, mas como era o nome, digamos,

Sandro Cavallote : Como funciona a psicanálise?

44m · Published 26 Apr 05:00
Hoje vamos todos para o divã. O divã onde se deitam os que aceitam ser analisados a fazer psicanálise. Estão prontos? Mesmo que não queiram deitar-se no divã, pelo menos sentem-se confortavelmente e escutem com atenção. Freud explica. Esta promessa é francamente exagerada. Mas gosto da expressão: Freud explica. Nela podemos ler o momento preciso em que dizemos algo que não queríamos assumir. O lapso freudiano. Mas também a promessa de que o psicanalista Sigmund Freud tinha todas as respostas a todas as neuras humanas. Não é verdade, mas o mito insiste em existir. Desde Freud muitos outros psicanalistas e psicoterapeutas reinventam o procedo da cura pela arte da palavra. Na forma mais clássica o paciente, cada um de nós, deita-se no divã e confessa todas as suas angústias e desejos ao psicoterapeuta que o escuta na cabeceira deste leito onde se tenta reorganizar o mundo em convulsão. Para tentar perceber este mistério da cura pela palavra, da cura pela fala, pela psicoterapia, viajei até ao Brasil. Para ouvir da voz de Sandro Cavallote a maneira como tudo acontece no seu consultório. Dos desejos às frustrações. Do querer agradar a todo o mundo até à coragem de dizer não. Descobri Sandro Cavallote através do seu podcast ‘Comunicação & Psicanálise”, onde descreve em pormenor como é a sua vida profissional. Quase me parece que este ‘podcast’ é também uma forma de ele se curar falando da sua vida. Vale começar pelo princípio.§ Venha comigo. Vamos saber tudo o que se passa numa sessão de terapia. Entre, feche a porta e ouça a explicação de Sandro Cavallote Enfrentar medos, traumas e desejos reprimidos não é fácil. A tentação de acusar os outros pelas suas próprias dores ou falta de iniciativa é grande. É isso que dificulta o processo de cura pela arte da fala. Implica assumir que só há um responsável pelo escrita da vida: cada um de nós. Sim, claro que há expectativas, sonhos e frustrações. Mas principalmente um impulso de agradar aos outros ou ter ideias que desfocam a realidade. A cura pela palavra é afinal um caminho guiado por um técnico, mas onde o mapa é o seu. Preparados para a mágica viagem interior? E para a viagem chamada vida? RESUMO Neste episódio do "Pergunta Simples", falámos sobre o tema da análise psíquica e contemporânea, com foco na psicanálise e na terapia pela fala. O objetivo é esclarecer dúvidas sobre o assunto e desmistificar alguns mitos em torno da figura de Sigmund Freud e da psicanálise em geral. O psicanalista Sandro Cavallote é o entrevistado e explica como funciona a psicanálise e como a terapia pode ajudar indivíduos a lidar com seus traumas e emoções passadas.Também discutimos a importância do auto-cuidado e aprendizagem contínua para psicanalistas e pacientes. O episódio encoraja os ouvintes a explorar os benefícios da terapia e a entender que a busca de ajuda é um sinal de força e não de fraqueza.

Adolfo Mesquita Nunes | A liberdade e a democracia estão em risco?

46m · Published 19 Apr 05:00
Este programa é uma reflexão sobre a complexidade das crenças humanas na política. Uma conversa sobre a complexidade das questões políticas e a importância de entender diferentes perspetivas. Abordamos as limitações humanas e como elas mudaram ao longo do tempo, além de destacar a importância da diversidade e do respeito no debate político. A conversa também destaca os desafios da comunicação política em tempos de redes sociais e a importância de evitar a distorção da realidade. Em resumo, o episódio oferece importantes reflexões sobre a política e a comunicação em nossa sociedade atual. Falámos também sobre como muitas pessoas se estão a afastar da política - com é o caso de Adolfo Mesquita Nunes - e de como os indivíduos são frequentemente categorizados em caixas ideológicas. Também abordamos questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, barrigas de aluguer, aborto e a eutanásia. Oportunidade de enfatizar a complexidade das crenças humanas e a necessidade de ir além das categorizações ideológicas simplistas. Discutimos a relevância do espectro político esquerda-direita na sociedade atual e como a dicotomia entre as duas não captura totalmente a principal dicotomia do nosso tempo. Em vez disso, a principal questão é como gerir a mudança e a velocidade, com duas tendências a emergir: a abertura à mudança e diversidade, e medo e protecionismo em relação ao novo e diferente. Também discutimos o desafio que as democracias enfrentam em atender às expectativas de uma sociedade que valoriza a velocidade e o mediatismo, bem como os perigos do autoritarismo e a necessidade de as democracias competirem com as soluções tentadoras oferecidas por líderes autoritários. Ao longo da conversa, destacamos a importância da comunicação eficaz e do entendimento de diferentes perspetivas na política. Também discutimos o papel das redes sociais na política e como elas podem distorcer a realidade. No geral, este episódio foi uma reflexão fascinante sobre as complexidades da política e os desafios que as democracias enfrentam. Como disse um dos nossos convidados, "a democracia é um trabalho em andamento". Celebrar a Liberdade Estamos no mês da liberdade. No mês em que celebramos a liberdade. Em que celebramos a democracia. É um bom tempo para pensar sobre a maneira como estamos a estimar, desenvolver ou desgastar a nossa democracia. Os tempos são de grande desafio. A velocidade, a expectativa e a exigência dos cidadãos coloca sob pressão os políticos que tem de decidir a melhor forma de nos governarem. Este é um episódio sobre liberdade para pensar. E sobre uma guerra em curso. Não, não a guerra que se vive na Ucrânia. Mas a guerra entre os que querem acolher, que aceitam a diversidade e tratam os que pensam de forma diferente como parte integrante de uma democracia saudável. É de novo um tempo de resistência. E os outros que querem construir muros, fechar portas e olhar para o outro lado como se estivessem perante um inimigo. Pode não parecer, mas é. A democracia pode estar a enfrentar um dos seus maiores desafios: sobreviver a si própria. A aceleração do tempo, a rapidez da exigência das respostas e a ilusão de que uma solução populista pode resolver todos os problemas do mundo de forma imediata, coloca a democracia em cheque. O ambiente geral de comunicação é cada vez mais agressivo. Mais impaciente. Mais intolerante. E a comunicação política, entre eleitos e eleitores, fica cada vez menos suave. O dia-a-dia está cheio de discussões públicas de factoides sem interesse nenhum. Que são substituídos amanhã por outros factoides irrelevantes, mas ruidosos. E disparam uma espiral de palavras atiradas entre todos. Enquanto as coisas verdadeiramente importantes ficam suspensas num universo congelado. Quis ouvir uma das vozes mais livres e modernas que conheço na reflexão que faz sobre o estado das coisas. Adolfo Mesquita Nunes é advogado, é,

Pergunta Simples has 173 episodes in total of non- explicit content. Total playtime is 145:26:56. The language of the podcast is Portuguese. This podcast has been added on November 25th 2022. It might contain more episodes than the ones shown here. It was last updated on May 17th, 2024 18:41.

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