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Pergunta Simples

by Jorge Correia

Vivam! O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.

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Episodes

José Gameiro | O psiquiatra ajuda a resolver as crises?

36m · Published 30 Aug 05:00
Hoje é dia de ir ao psiquiatra. Revisitámos uma conversa com José Gameiro, a meados de setembro de 2021. E lembrei-me deste episódio por causa do último livro que escreveu, o “Ser Psiquiatra” com um retrato subjetivo dos seus 40 anos de profissão. José Gameiro ouve, todos os dias, pessoas que sofrem. Pessoas que lhe entram no consultório com pedidos de ajuda. Com demandas para ser guia de um certo regresso à felicidade. Ou pelo menos a alguma harmonia. A ideia romântica do que somos ou queremos ser persegue-nos sempre. E o choque com a realidade acorda-nos. O dia em que gravámos coincidiu com a semana em que deixamos de usar as máscaras cirúrgicas populares na pandemia. E as máscaras foram um bom mote No jogo das máscaras que todos jogamos uns com os outros há terrenos férteis para imaginários, felicidades e dores. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:00 - JORGE CORREIA Houve o quê, o que que é que a gente quer dizer que houve Coiso de tudo. Por que que o procuram? 0:00:06 - JOSÉ GAMEIRO Porque estão a se fornecer, ou seja. O seforimento pode ser uma doença psiquiátrica com o rótulo, com o diagnóstico, ou pode ser um seforimento de relação com alguém, um seforimento interior que não tem relação direta com ninguém, mas que é interno. As pessoas só vão. A ideia é que havia que as pessoas vão ao psiquiátra, ao psiquiátra sobretudo por lá, cá, aquela pália, um pequeno luxo, é mentira. É mentira A psiquiátrica quando estão a se fornecer, quando estão a se fornecer, quando acham que não conseguem ultrapassar porque às vezes já exageram o tempo que deixam estar sem procurar ajuda E aquilo vai inquistando, que tudo vai inquistando, não é? E portanto a ideia é que isso não é verdade. As pessoas procuram, quando estão a se fornecer, e querem, querem, por um lado, alviar o seforimento e, por outro lado, que o seforimento faça algum sentido na sua história, ou seja perceber um bocadinho o que é que está a passar. Não é Perceber um bocadinho o que está a passar porque às vezes é possível. Às vezes é mais difícil. 0:01:00 - JORGE CORREIA E consegue se tipificar o tipo de sofrimentos ou Nem psiquiatria ou os diagnósticos. 0:01:06 - JOSÉ GAMEIRO Seja bem. Seja bem, pois é. Boa parte da clínica não será de diagnósticos, provavelmente ditos. Não posso pôr um conto nas pessoas, mas consegue se perceber o que é, que é uma pessoa que está ansiosa, que é uma pessoa que está triste, uma pessoa que está deprimida, uma pessoa que prefere num caso extremo psicótico e atreverante, etc. Eu trabalho muito com casais, portanto as coisas são um pouquinho diferentes. Que é o sofrimento da relação e o programa da relação, mas é sempre o sofrimento. Em casos raros não há sofrimento. A pessoa vai ao psiquiatra porque é pressionada para ir por coisas comportamentais e não há sofrimento. E um bocado, ao contrário. Temos que levar a pessoa até ao sofrimento. É um bocadinho às vezes. 0:01:42 - JORGE CORREIA Terá de ter uma autoconsciência do que é que aconteceu, do que é que causou, outro É o que é que causou outro, e ir até ao sofrimento e provocar. 0:01:49 - JOSÉ GAMEIRO Se é possível dizer a palavra na própria pessoa, alguma pessoa de sofrimento está a provocar nos outros, que às vezes não existe. 0:01:54 - JORGE CORREIA Como é que se escutam as pessoas? Tem uma caixinha com empatia, com o tempo para ouvir. 0:02:01 - JOSÉ GAMEIRO Tempo. Tenho Primeiro consulto. Eu sou muito rigido com as horas. Sou um bocado germânico. 0:02:07 - JORGE CORREIA Comece a hora certa acaba a hora certa. Posso te perguntar porquê? 0:02:12 - JOSÉ GAMEIRO Não sei, sempre fui assim. Aquilo que eu encontro mais próximo a minha mãe era uma pessoa muito rigorosa. Elas são as horas, por exemplo. A minha família era muito rigorosa, meu pai não, mas o lado da minha mãe sobretudo deve ter ficado daí, mas não sei porquê, porque a minha irmã, por exemplo, faleceu há um ano e tal, e que era também psiquiatra.

Catarina Furtado | Quanto vale a empatia?

46m · Published 23 Aug 05:00
Meio de agosto já lá vai e setembro está à porta. Não tarda nada e começamos o novo ciclo anual de trabalho. Reabrem as escolas, regressam os adultos também ao trabalho. E por isso lembrei-me desta conversa com Catarina Furtado que reedito hoje. A razão da conversa era outra, mas calhou termos gravado no dia em que o governo decidiu mandar fechar as escolas devido à COVID-19. Para tentar suster a famosa onda epidémica. O planeta parece viver em círculo. E em novo ano escolar parece que a COVID dá alguns sinais de aparecer neste inverno também. Afinal, como acontece com a gripe ou outras doenças respiratórias. Com a Catarina falei de empatia, essa receita mágica da comunicação. Olhar o mundo pelos olhos dos outros ou calçar os seus sapatos, como diz o povo. Sentir pelo outro, compreender, aceitar, ter compaixão e demonstrar um genuíno e desinteressado amor pelas pessoas. E os temas cruzam-se, o fecho das escolas, como de outros serviços públicos, foram mais sentidos pelos menos favorecidos. A rede de suporte social é crítica para apoiar quem tem menos. Tal como nessa altura os movimentos populistas mantêm-se a borbulhar. A canalização das notícias falsas pelas redes sociais parecem ter vindo para ficar. Não é muito diferente dos boatos das aldeias, mas tem um potencial infetante maior. É um risco que não devemos perder de vista. Volto a Catarina Furtado. Nesta conversa vem ao de cima a sua fórmula existencial e de trabalho. Sim, é simpática, todos vemos isso, mas é outra coisa. É alguém capaz de sentir e gerar empatia. E isso é um toque distintivo da comunicação humana. Catarina Furtado, de viva voz, a 26 de janeiro de 2021. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:13 - JORGE CORREIA Ora Vivam. Bem-vindo-os ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Meio de agosto já lá vai e setembro está à porta. Não tarde nada. Começamos o novo ciclo-inual de trabalho, reabrem as escolas, regressam os adultos também ao trabalho. Por isso me lembrei desta conversa com o Catarina Furtado que ri dito hoje. A razão da conversa era outra, mas calhou termos gravado no dia em que o governo decidiu fechar as escolas por causa da Covid-19. Lembram-se, para tentar suster a famosa onda epidémica. O planeta parece viver em círculo e, em novo ano escolar, parece que a Covid há alguns sinais de querer apreciar este inverno também. Pode ser normal, afinal, como acontece com a gripo ou com as outras doenças respiratórias que aparecem no inverno e vão de férias no verão. Com a Catarina falei de empatia, essa receita mágica de comunicação Olhar o mundo pelos olhos dos outros ou calçar os seus sapatos, como diz o povo De sentir pelo outro, compreender, aceitar, ter compaixão e demonstrar um genuíno e desinteressado amor pelas pessoas. E os temas cruzam-se. O Fecha de Escolas como de outros serviços públicos foram definitivamente mais sentidos pelos menos favorecidos. A rede de suporte social é crítica para apoiar quem tem menos E provavelmente só agora estamos a ver alguns dos impactos da pandemia de Covid-19. Tal como nessa altura, os movimentos populistas mantêm saborebollar A canalização das notícias falsas pelas redes sociais, parecem ter vindo para ficar. Não é muito diferente dos boatos nas aldeias, mas tem um potencial infetante bastante maior. É um risco que não devemos perder. A devista Volto a Catarina Fortado nesta conversa, venha ao de cima à sua fórmula essencial e de trabalho. Sim, ela é simpática, todos sabemos, mas é também outra coisa. E alguém capaz de gerar e sentir empatia, E isso é um toque distintivo da comunicação humana. Catarina Fortado de Viva Voz, 26 de janeiro de 2021. 0:02:24 - CATARINA FURTADO Vamos assumir a verdade total do horário em que estamos a fazer esta conversa. O Primeiro-Ministro acabou de anunciar que as escolas vão ser todas fechadas E aquilo que te posso dizer, em primeiro lugar, porque tenho a minha adolescente ali no quarto ao lado,

Alexandre Monteiro | Como Descodificar a Linguagem do Corpo?

47m · Published 16 Aug 05:00
Hoje usamos o silêncio para provar que nem sequer são precisas palavras faladas para entender os outros. Vamos Descodificar a Linguagem do Corpo. É tempo de recuperar uma das conversas mais intrigantes e fascinante que tive para o Pergunta Simples. Uma conversa com Alexandre Monteiro, um especialista em linguagem corporal e comunicação não verbal. E eu tive um vislumbre sobre como os gestos podem falar mais alto que as palavras. Alexander Monteiro é o autor do livro "Os segredos que o nosso corpo revela" e durante a conversa, ele nos conduziu por um caminho de descoberta onde aprendemos que o poder da linguagem não verbal na comunicação é inegável. A discussão foi além, explorando o universo das mentiras e do poder do contacto visual. Aprendemos que a nossa resposta a uma pergunta é formada antes mesmo de a verbalizarmos e que mentir pode ser mais cansativo do que dizer a verdade. E todos temos um "radar” para detetar mentiras. A conversa atingiu o seu auge quando exploramos a importância dos gestos em situações de negociação e a complexidade do beijo como um gesto de comunicação. E ficam alguns conselhos para quem está à procura de emprego e precisa de se preparar para a habitual entrevista de seleção. Não basta apenas olhar e rever o resumo curricular, mas pode ser útil pensar igualmente na maneira como usa a sua à linguagem não verbal. Alexander Monteiro oferece um conjunto de ferramentas valiosas para melhorar a nossa comunicação e leitura de gestos. É uma conversa repleta de pistas e conhecimentos preciosos que não quererá perder! No final, ficou claro que a linguagem corporal é uma forma poderosa de comunicação que todos usamos, muitas vezes sem nem mesmo perceber. Se quer tornar-se um comunicador mais eficaz, entender a linguagem corporal e a comunicação não verbal é um excelente ponto de partida. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA JORGE CORREIA Ora Viva-o. Bem-vindos ao Pregunta Simples, o Vosso Podcast sobre Comunicação. Esta edição tem como o tema principal os gestos e a maneira como lemos os outros num relance, apenas pela maneira como olham ou como se mexem Por falarem gestos. Basta um simples clica no site para se poder juntar a esta comunidade. Eu agradeço desde já aqueles que subscreveram ou partilharam com os amigos. É tudo gratuito Na página PreguntaSimplescom. Tem todos os episódios e ligações para as melhores aplicações do TeleMóvel que descarregam automaticamente cada novo episódio que for publicado. Falar de gestos, numa espécie de programa de radio, é uma experiência radical. Não vão ver nada, só imaginar, e por isso mesmo preciso mais do que nunca da vossa ajuda. Hoje o tema de conversas, já perceberam, é a linguagem corporal. O corpo fala e fala primeiro do que a voz. E aprender a descifrar a linguagem corporal é todo o Mard. Quem souber o seu apcedário tem uma porta aberta para entender melhor os outros. Alexander Monteiro é um descifrador de pessoas, mistura saberes teóricos, com experiências documentadas como a da vida e trabalho dos espiões. Escreveu o livro Os segredos que o nosso corpo revela, uma espécie de manual de instruções para ler o movimento dos corpos, para ler os outros. A sugestão para confessar que o Alexander veio da minha mulher, psicóloga de formação e profissão, e como eu não conheci até agora o trabalho dele, do Alexander, confeça isso mesmo logo no arranque da nossa conversa. Agora ele tirou uma pinta e deixou-me desde logo um sério aviso. 0:01:59 - ALEXANDRE MONTEIRO Quem está traumado é as mesmas noturnas, mas ninguém É. não é Porque se ela já sabe os truques, tu ainda não sabes aí é que há um desafio grande. 0:02:07 - JORGE CORREIA Portanto estou sempre em desvantagem, sempre, sempre em desvantagem. 0:02:11 - ALEXANDRE MONTEIRO Primeiro, é assim logo as mulheres são muito melhores de tentar os sinais. É logo aqui uma questão já da biologia e de evolução. 0:02:20 - JORGE CORREIA Quem é que fez isso?

Pereira de Almeida | Deus Existe?

39m · Published 09 Aug 05:00
Estamos no pós-jornadas mundiais da juventude e até para um não crente é impossível não observar toda uma sequência de momentos, palavras e emoções que criaram um acontecimento único na cidade de Lisboa. Na perspetiva da comunicação, o Papa é detentor de uma poesia muito própria na sua linguagem. Não são só as palavras. São as pausas. São os olhares. Para os crentes há um olhar sobre a sua fé. Para os outros um olhar sobre a sua humanidade. O Papa que fala a centenas de milhares de pessoas em Lisboa é o mesmo que falou — sem dizer uma única palavra — para uma Praça de S. Pedro vazia no tempo da pandemia. Este aparente contraste faz-me ir recuperar uma conversa tida com José Manuel Pereira de Almeida em fins de maio de 2020, mesmo na saída de um dos confinamentos da COVID 19. Pereira de Almeida é professor de ética, padre e médico. E se a parte da conversa sobre a pandemia sabe, felizmente, a um tempo antigo, todas as outras palavras são de uma atualidade permanente. Gostei em particular do momento em que partilha connosco a importância de acolher o outro, de sorrir, de ouvir. Uma linguagem universal que ajuda a perceber uma forma de viver ao serviço dos outros. Talvez algo ainda mais importante do que a certeza ou dúvida que sempre paira sobre a existência de deus. Mas a curiosidade existe e vale sempre a pena fazer a pergunta “Deus Existe?” Leia mais Transcrição automática 0:00:11 - JORGE CORREIA sOra Viva-o. Bem-vindos à segunda edição do podcast Pregunta Simples. Depois de passar pela televisão com Clara de SouSa, é tempo de ouvir palavras que vêm do púlpito de um altar. As igrejas têm normalmente uma excelente acústica, um som característico com um ecoinimitável, mas também podem ser palavras de cátodara, de um mestre que ensina teologia na universidade, ou de um médico que sabe ler pedaços da nossa carne, chama-lhe tecidos, mas que intui o espírito das pessoas num piscar de olhos. Chama-se José Manuel Pereira de Almeida e é o convidado desta edição. É médico, é padre, é professor, mas estes são rótulos mais formais. Lá dentro tem muito mais coisas para mostrar. Conhecemos-nos numa Comissão Diética. Todos nessa Comissão sabiam muito do tema da Eética. Acheto eu. O meu papel nessa Comissão era o de Preguntador Ignorante. Seguramente fui convidado porque nada sabia de nada. Não me dei mal na função ao longo da vida não saber nada de nada e perguntar sobre tudo. Desde esses tempos ouvi-o sempre com atenção, muito por aquilo que sabia e tanto por aquilo que dizia. Não saber ou duvidar E assumir isso só está ao alcance dos sábios ou dos mestres. Este é um podcast sobre comunicação e o convidado desta edição usa a palavra e o silêncio para comunicar. Começamos com a mais óbvia e fácil das perguntas E Deus existe. 0:01:56 - PEREIRA DE ALMEIDA Para muitos pode ser uma pergunta, creio mesmo que para aqueles que defendem que não existe, será mesmo a pergunta da vida. Neste tempo que é o nosso, creio que para os cristãos recebemos de Paulo VI uma e do patriarcto Atenágoras ao tempo, na visita à Jerusalém, em que ele reconhecia o texto é conjunto e editem francês, porque a língua internacional que é o Espírito Santo fala às nossas igrejas, portanto à igreja oriental e à igreja ocidental, através do ateísmo dos nossos irmãos e irmãs. E portanto, isto para dizer, se calhar, estamos todos nessa procura, alguns mais conscientes, outros menos, uns pela negação, outros pela convicção de que, a partir de uma determinada via, há uma procura de sentido que faz denominar alguém de Deus eu estou a dizer alguém, porque é a tradição cristã e que diz que Deus é pai ou mãe de todo somado, mas estamos lá no seu coração, ou seja que Deus mora no nosso coração, mas sínteme, particularmente próximo daqueles que sobre isto não sabem dizer nada. Há uma tradição importante da teologia cristã que é a teologia negativa, quer dizer que nós fazemos melhor serviço a Deus não dizendo nada do que dizendo as tontices qu...

Ágata Roquette | Como vencer a balança?

1h 0m · Published 02 Aug 05:00
Estamos no mês de agosto, mês em que o Pergunta Simples faz a sua pausa de verão. Mas este ano estive a olhar para lista dos melhores episódios de sempre e decidi escolher e voltar a publicar os mais populares ou os que geraram mais comentários e as vossas reações. Foi a melhor forma que encontrei para conseguir fazer uma escolha justa entre os mais de 140 episódios. Sei que há muitos ouvintes, hoje habituais, e agradeço.vos por isso, que só agora acompanham os programas. É uma oportunidade de ouvirem outras falas. Tópicos: [00:00] - Introdução do episódio, falando sobre a temática de dietas e equilíbrio alimentar. [02:10] - Discussão sobre a pressão social para perder peso. [05:25] - A diferença entre homens e mulheres na perda de peso e o papel do metabolismo. [09:40] - Discussão sobre as várias dietas da moda e como elas podem afetar a saúde. [15:50] - Conversa sobre o impacto da pandemia no peso e na saúde das pessoas. [22:10] - Agatha Roquette fala sobre a sua própria jornada de luta contra o peso. [28:35] - Discussão sobre os desafios emocionais e psicológicos de lidar com o ganho de peso. [34:20] - Conversa sobre o papel da alimentação na saúde mental e bem-estar. [40:05] - Agatha Roquette fala sobre a sua experiência pessoal de perda de peso durante a pandemia. [45:30] - Discussão sobre a importância de encontrar um equilíbrio entre a dieta e o prazer de comer. [52:15] - Conversa sobre a influência do ambiente e das relações pessoais na relação com a comida. [58:00] - Encerramento do episódio, reflexão sobre as lições aprendidas com Agatha Roquete. Na semana passada partilhei convosco a forma de olhar a vida de Dulce Bouça, medica psiquiatra, especialista em doenças de comportamento alimentar. E por isso escolhi começar esta série de férias de verão com o testemunho da nutricionista Ágata Roquette. Ela própria sentiu na pele o impacto de ter engordado e a disciplina de voltar a reequilibrar-se e a voltar à boa forma física que sempre teve. No mundo acelerado de hoje, todos lutamos para manter a forma e a saúde. Nos meses imediatamente antes do verão, a maioria de nós tenta livrar-se daqueles quilos extras acumulados durante o inverno.  E essa pulsão quase geral é um bom pretexto para explorar o mundo fascinante das dietas e do equilíbrio alimentar.Agata Roquette é autora de um livro campeão de vendas sobre uma dieta de 31 dias e que viveu a sua própria jornada de luta contra o peso.E aceitou partilhou connosco as histórias que ouve todos os dias das pessoas que a procuram no seu consultório. Ela ajudou-me a compreender os desafios específicos enfrentados por homens e mulheres na tentativa de perder peso, bem como o papel crucial do metabolismo. É que há uma diferença entre o metabolismo masculino e feminino. Segundo ela, os homens têm a sorte de perder peso mais facilmente devido à maior quantidade de tecido muscular. Isso não significa que as mulheres não possam perder peso, apenas que podem precisar trabalhar um pouco mais duro para ver os mesmos resultados. Mas, como todos intuímos, isto do peso não é só uma questão de comida. As nossas emoções podem afetar o nosso peso. Muitas vezes, as pessoas comem mais quando estão tensas ou ansiosas. E quando comemos demais, podemos sentir culpa, o que pode levar a mais stresse e ansiedade. É um círculo vicioso que pode ser difícil de quebrar. Por isso vale a pena recuperar este episódio. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:13 - JORGE CORREIA Ora Viva um bem-vindo-os ao Pregunta Semplos, o nosso podcast sobre comunicação. Estamos no verão, já em pleno mês de férias, calor, sol e corpos beltes palhados pelos areais, ou então não metados ou vintes, acaba de correr para o espelho para confirmar que o inverno, a pandemia e a vida sedentária passou uma fatura e acrescentou uns quilos à balança. Mas sem pânico, a única dieta que vos posso prescrever hoje é ouvir este podcast que,

Dulce Bouça | Os teus olhos gostam de mim?

43m · Published 26 Jul 05:00
O programa de hoje é uma viagem sobre a fala do corpo e as dores da alma. Fala de profundas contradições e de estranhos equilíbrios. Fala de seres humanos e ser-se humano. Se vos disser que é uma edição sobre comportamento alimentar, doenças, causas e efeitos, estou a ser redutor. Este é um programa sobre o amor. E sobre as questões de pele. A pele abraçada, aquecida, mimada e beijada. Do bebé que acabou de nascer ao avô que celebra mais um aniversário em família. Esse efeito do toque, desde tenra idade, pode significar muito para calibrar a nossa relação entre mente e corpo. E a ausência do toque causar uma ferida existencial difícil de tapar. Corpo que fala: ora na pele de galinha da emoção do momento. Da dor de barriga pelo exame da escola. Do peito que se aperta numa angústia maior. É sobre isso esta edição. Sobre a necessidade de nos sentirmos bem dentro da nossa pele. Se saber que nos amam de corpo e alma. E por isso agarram-nos. Com os braços, com os lábios, com os mimos. E pensar que tudo isto se passa mesmo sem palavras. Apenas com o gesto. Com o olhar. Já repararam que há olhares de meio segundo que nos insuflam com uma confiança infinita. E outros, frios ou cínicos que nos despejam a alma da cabeça aos pés. Só um olhar de um alguém pode comandar-nos como um farrapo de pessoa ou um super-homem com infinitos poderes. É essa caixa de ferramentas que carrega Dulce Bouça, médica psiquiatra. Uma caixa de ferramentas carregada de perguntas e muitas respostas, ditas e não ditas. TÓPICOS: 1. Fala Do Corpo E Dores Da Alma (0:00:13 - 0:15:44) - Discussão sobre a conexão entre mente e corpo, a importância do toque na pele, e a necessidade de nos sentirmos bem dentro da nossa pele. Introdução de Dulce Bossa, especialista em psiquiatria, e a sua abordagem para entender o comportamento humano. 2. Os Olhos Revelam as Emoções (0:15:45 - 0:26:58) - Exploração do universo das emoções e como elas são expressas nos olhos. Discussão sobre a curiosidade como ferramenta para entender sentimentos não verbais e a realidade das doenças comportamentais alimentares. 3. Doenças De Comportamento Alimentar (0:26:59 - 0:42:05) - Exame das diferentes formas de lidar com as nossas relações com os nossos corpos e como as pessoas que sofrem de anorexia nervosa lidam com os seus corpos e as suas tentativas de aprender a aceitá-los. 4. Curando Emoções E Feridas (0:42:06 - 0:43:06) - Discussão sobre cura emocional e regeneração pessoal. A partilha de pensamentos sobre como lidar com dias difíceis, cuidar da nossa saúde e enfrentar as nossas falhas e tristezas. Abraçar a ideia de que os abraços podem ter poderes curativos. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 0:00:13 - JORGE CORREIA Olá Viva, bem-vindos ao Pregunto Assimples, o vosso podcast sobre comunicação. As férias estão aí e é tempo de parar, restaurar, recuperar, tempo de vitaminar o corpo com sol, água, sal, comida, ar fresco e amigos. O programa de hoje é uma viagem sobre a fala do corpo e as dores da alma. Fala de profundas contradições e de estranhos equilibrios. Fala de seres humanos e ser-se humano. Se vos disser que é uma edição sobre o comportamento alimentar, doenças, causas e efeitos, estou a ser francamente redutor. É uma edição que vai à causa das coisas, ao corpo que tenha um cérebro, ao cérebro que talvez tenha uma mente, e esse delicado equilíbrio que às vezes se contradiz, depende mais dos afetos do que da vontade ou as simples recusas de comer. Vamos saber tudo durante esta edição. Este é um programa sobre o amor, sobre as questões de pele, a pele que é abraçada, aquecida, mimada e beijada, do bebê que acabou de nascer ao avô que se celebra mais um aniversário em família. Esse efeito do toque na pele deste enredado pode significar muito para calibrar a nossa relação entre mente e corpo, no fundo, a relação entre nós e nós mesmos, entre corpo e alma,

Joana Rita Sousa | Como se aprende a perguntar?

51m · Published 19 Jul 05:00
Hoje sinto-me na idade dos porquês. Porque? Porquê? Porquê? Porque sim! Porque sim não é resposta, dir-nos-à qualquer criança munida de mil perguntas difíceis para fazer. Nesta edição é convidada a filósofa e perguntóloga Joana Rita Sousa. Mestre na arte da pergunta e na missão de criar espaços onde as questões são a acendalha para o pensamento criativo. Perguntar para saber. Perguntar para ouvir. Perguntar apenas para manter a conversa ao lume. Das perguntas curiosas às mais abstratas. Do rol de perguntas difíceis até às mais incómodas. Das maiores, às mais pequenas. Todas as perguntas são motores de conversa. São chispas de curiosidade. Das muito difíceis de responder: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Qual o sentido da vida? Das perguntas vitais, mais desafiadoras, feitas por crianças: De onde vem os bebés? Como se fazem os bebés? Porque não me deixas comer todas a guloseimas? Ou fazer tudo o que me apetece? O pai natal existe? E deus? Vida, morte e sexo serão o topo das perguntas mais difíceis de responder às crianças. E elas têm dezenas na ponta da língua. Esta edição também tem espaço para adultos. Dos que mantém à curiosidade fresca e imaculada às que mentem às crianças para sobreviver à pergunta certeira. Em caso de emergência funciona quase sempre a fórmula: “pergunta à tua mãe, que ela sabe tudo” Mas a receita pode ter retorno à casa de partida. O melhor mesmo é tentar responder com honestidade. E em caso de ignorância profunda, dizer que não sabemos e ir, juntos, à procura da resposta. TÓPICOS DA CONVERSA: [00:05:31] A autora encontrou um livro sobre a arte de fazer perguntas e começou a investigar o papel das perguntas e como elas podem trazer diferentes resultados. Também explora o papel das perguntas em processos e como elas podem levar a outras descobertas. [00:08:37] Vários processos, receitas com variações individuais. [00:15:01] Criar algo novo a partir da mistura. [00:19:39] Filósofos resolvem problemas através de perguntas. [00:22:04] Oficinas para diferentes públicos, principalmente famílias. Proposta de jogo para estimular o pensamento. [00:24:51] Contemplar possibilidade de escolhas diferentes juntos. [00:28:05] Linguagem acessa pensamento, mas pode desviar entendimento. [00:30:49] "A importância das perguntas na infância." [00:34:07] Algumas pessoas são mais honestas e curiosas. [00:38:28] Problemas com finitude e sede de mais. [00:41:35] Diferentes ideias sobre escola e futuro. Cão como porteiro. Tecnologia e tempo livre. [00:47:54] Escolher bem, energia pouca, redes sociais. Surpresa! [00:49:08] Ser humano é falível, racionalidade é discutível, verdade é relativa. [00:52:18] Pergunta simples, resposta simples, outras são difíceis. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA Jorge Correia [00:05:25]: Joana Rita Sousa, filósofa de profissão, Perguntóloga. JOANA RITA SOUSA [00:05:31]: Carreia que é uma perguntóloga. Bom, a ideia não é minha, não é original, não foi o original meu, digamos assim, mas eu há uns tempos encontrei um livro que se chama Arte de Fazer Perguntas, do Warren Burger, um jornalista, não sei se tivesse a profissão que te diz alguma coisa, assim é onde levo, não é? Alguém que trabalha também com perguntas e que começou a fazer uma investigação sobre o papel da pergunta, começou a dedicar-se a perceber que tipo de pergunta, o que é que trazem determinado tipo de perguntas, como é que se pergunta, por exemplo, para inovar, como é que se pergunta. O fim ao cabo é contemplar a pergunta e perceber o que é que ela significa, o que é que ela traz. Como se fossem categorias? Sim, também, é possível fazer esse estudo das perguntas como se fossem categorias. Mas o interesse dele também era perceber qual era o papel da pergunta em processos. Antes de as categorizar vá a perceber, que é muito isso que eu faço em diálogo, não é?

João Tordo | Como se conta uma boa história?

1h 4m · Published 12 Jul 05:00
Ler um livro é das coisas que mais prazer me dá. Acontece convosco o mesmo? Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo. Um mundo construindo entre as palavras do escritor e a nossa imaginação. Esta edição roda à volta das palavras. As escritas em livros. As escritas para serem ditas por atores no teatro, filme ou série. E por isso hoje em um dia muito especial. O convidado desta edição é um dos mais conhecidos e premiados escritores portugueses de nova geração. João Tordo, autor de 19 livros, entre romances, ensaios e policiais. E co-argumentista da série Rabo de Peixe. João Tordo é um confesso leitor compulsivo. E um documentado autor prolixo. Escreve em abundância e qualidade. E por isso não fiquei surpreendido quando me disse que a folha em branco não lhe causa nenhuma angústia. É um escritor matinal e um leitor noctívago. E deu para falar de tudo. Da maneira como escreveu Rabo de Peixe. Como se preparou. Como juntou ideias com os outros co-autores e como desenhou a uma das mais animadas cenas da série: o assalto à cabana de 'Uncle' Joe por Arruda. Um embate entre Pepe Rapazote e Albano Jerónimo. Uma oportunidade para falar de livros e de personagens que amiúde contrariam o autor. Das conversas com os leitores com pedidos para escrever mais sobre algum personagem. E o autor faz-lhes a vontade, continuando a saga dos personagens mais queridos. No caso de Rabo de Peixe vem aí a segunda temporada e João Tordo pode continuar a escrever para o reviver da história. Já agora sabiam que ao se escrever uma série como Rabo de Peixe há mesmo uma “Sala de Escritores”? Isso mesmo, a sala onde os argumentistas trocam as ideias mais loucas e radicais, desenham as cenas e escrevem as falas dos actores. Escrever não deve ser um exercício sem efeitos secundários. E este alívio ao entregar o manuscrito para publicação dá uma dimensão desse misto de dor e de alívio. Mas se o leitor e escritor João Tordo aceita essa compulsão das palavras só podemos seguir a torrente e ler o que escreve. Dos seus viciantes policiais até aos ensaios que nos colocam perante o espelho da condição humana. É essa condição, humana e insular, que espero ver no Rabo de Peixe, segunda temporada. Entretanto, entretenho-me a ler o seu livro “Felicidade”. Uma história de um amor que mete trigémeas. Preciso de dizer mais alguma coisa? TÓPICOS [00:00:00] . Sobre livros e a escrita da série Rabo de Peixe nos Açores. [00:06:44] Plataformas pagavam impostos nos EUA, ICA favorecia cinema português. [00:11:08] Cinema português precisa de mais apoio financeiro. [00:18:42] Tripulante escapa da prisão e história morre. [00:21:49] Arruda, antagonista de Eduardo, personagem interessante. [00:27:05] Obsessão pelos livros desde criança, desvio para outras áreas, volta à escrita ficcional. [00:35:54] Recentemente, comecei a gostar das minhas palavras. [00:40:52] Lendo diversos livros diferentes e interessantes. [00:46:03] Traçar fronteiras e limites é difícil. Crescimento pessoal requer enfrentar conflitos e amadurecer. Aceitar o sofrimento transforma em aceitação. [00:53:39] Personagem contraria-se e altera os planos. Criatividade nasce da incompatibilidade com a realidade. Infância marcada por turbulência familiar. [00:59:46] Mãe lê os meus livros e somos próximos. Troco viagens por almoços em família. Títulos de livros são difíceis de escolher. Ajuda colaborativa é importante. [01:02:38] Escrever é como usar sapatos apertados. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA Jorge Correia [00:00:00]: ♪ Ora vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Ler um livro é das coisas que mais prazer me dá. Acontece o mesmo convosco? Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo. Um mundo construído entre as palavras do escritor e a nossa própria imaginação. Toda esta edição roda à volta das palavras,

Nuno Sousa | Cérebro, mente ou alma?

47m · Published 05 Jul 05:00
Hoje viajamos pelo universo do cérebro. Pela maneira como comunicamos, como aprendemos, como sabemos quem somos e como somos. Ou pelo menos sabemos qualquer coisa, do tanto que ignoramos. Já imaginaram que a nossa máquina de pensar tem 86 mil milhões de neurónios? E 16 mil milhões são uma espécie de células VIP, vivendo numa assoalhada chamada córtex cerebral? Já que estamos em modo de curiosidade enciclopédica, descobri que o cérebro, apesar de ter apenas 2% do peso do corpo, consome 25% da energia total. O que me dá uma boa desculpa para comer muito. Afinal é comida para o pensamento. Agora a sério, este é um programa sobre a casa do pensamento. Aqui em cima, na cabeça. Embora haja neurónios espalhados até pelo tubo digestivo. Veem? Mais uma boa desculpa para comer bem. A magia do funcionamento do cérebro humano é hipnotizante. Há um infinito mistério quando tentámos compreender como um quilo e meio de células cinzentas consegue pensar tanto. O tamanho pode até não ser tão importante. Mas a capacidade de aprender, conhecer e recordar é provavelmente o segredo da inteligência humana. A capacidade de pensar. De imaginar. De criar algo novo. De criar relações entre coisa, pensamentos e emoções. Lá dentro, na caixa negra, por acaso cinzenta, há milhares de ligações, milhares de contactos. Ou serão milhões de sinais elétricos? É nesse cérebro onde guardamos as palavras que aprendemos. Que as agrupamos em frases, poemas e livros. Que podemos imaginar, chamar alma ou simplesmente perguntar quem somos, de onde vivos e para onde vamos. Cérebro onde tem provavelmente morada a consciência. E seguramente a nossa forma de ser e pensar. Será alma? Será biologia? Em busca de respostas vou em busca de um perguntador-cientista, Nuno Sousa um escutador profissional das neurociências, um hábil comunicador e tradutor simultâneo do que quer dizer a grande ciência. Uma conversa que me deu que pensar. Do nada, pouco, tanto ou tudo que podemos saber ou ignorar. TÓPICOS: O funcionamento do cérebro humano [00:00:12]Nuno Sousa discute a complexidade do cérebro humano e a sua capacidade de pensar, aprender e criar. A natureza do conhecimento [00:03:23]Os diferentes níveis de conhecimento e a angústia de nunca saber tudo. A influência das neurociências [00:06:48]Como o conhecimento das neurociências pode influenciar as nossas decisões de compra e votos políticos. O cérebro humano se adapta [00:09:22]Como o cérebro humano possui capacidades plásticas para se adaptar aos estímulos e ao contexto que o rodeia. A importância da conectividade cerebral [00:11:44]A importância da conectividade entre diferentes redes e regiões do cérebro, e como isso influencia a forma como nos comunicamos. A complexidade do cérebro humano [00:14:11]Sobre a complexidade do cérebro humano, que permite antecipar o futuro, ter consciência de si mesmo e criar um sistema de valores próprio. O funcionamento do cérebro humano [00:15:40]Neste tópico, é discutida a forma como o cérebro humano funciona, incluindo a criação de uma escala de valores pessoal e a importância de necessidades básicas como comida e frio. A inteligência artificial [00:17:14]Nesta parte, é abordada a temática da inteligência artificial, sendo mencionado o potencial e os limites dessa tecnologia, assim como a sua influência na sociedade. A influência das tecnologias na vida cotidiana [00:19:11]Neste tópico, é discutido o impacto das tecnologias, como o Google e os algoritmos de busca, na forma como as pessoas pesquisam e consomem informações, e como isso afeta a sociedade. O uso da tecnologia na medicina [00:23:22]Discussão sobre o uso da tecnologia na medicina e como preparar os profissionais de saúde para utilizá-la de forma adequada. A influência da máquina nas decisões clínicas [00:24:07]Conversa sobre a possibilidade da máquina resolver melhor os problemas de saúde e a importância de manter o controle ...

Sandra Maximiano | Porque está cara a vida?

55m · Published 28 Jun 05:00
Como vai a vossa carteira? A minha emagrece olhos vistos. E digo para mim mesmo “é a economia, estúpido, é a economia” Os salários são agora mais pequenos que as compras. Inflação e juros a subir, E uma pergunta fundamental: se Portugual está a ficar todos os anos mais rico, porque estamos nós, cidadãos e donos do país, mais pobres? Será só a economia? O meu fascínio pela matemática dos grandes números é inversamente proporcional à minha compreensão desse lado da barricada. Sou das letras, penso em forma de letras, palavras, frases e poemas. E fico hipnotizado quando me falam do PIB, da dívida pública, dos indicadores macroeconómicos e das perspetivas de crescimento. É uma dança de muitos mil milhões de euros, difíceis de imaginar, mas com impacto na nossa carteira. E aí já todos sabemos a matemática da vida real. Portanto esta edição não vai tentar perceber o que é uma imparidade, que nas contas dos bancos quer dizer “buraco” Nem tão pouco perceber os multiplicadores da economia, os rácios de divida ou inebriantes dança das flutuações cambiais do euro, dólar ou libra. Hoje falámos da vida real. De vidas normais. De contas de supermercado. De empréstimos para comprar a casa ou o carro. E até de raspadinhas, totolotos e lotarias. Para isso pedi a ajuda de Sandra Maximiano, professora do ISEG e colunista regular nos jornais. É que ela dedica-se a explicar a economia real e a tentar perceber como funciona a mente dos seres humanos nessa relação com o dinheiro. O dinheiro que temos, o que gastamos, o que devemos e o que gostaríamos de ter. Um caldo que mete salários, inflação, juros dos depósitos e dos empréstimos. E, confesso, a minha primeira intenção era tentar perceber porque está o pais cada vez mais rico, com o tal PIB a crescer, mas a nossa carteira cada vez mais magrinha Quem se lembrou de dizer que o dinheiro não traz felicidade? Se calhar deveríamos postular: Quem não tem dinheiro é menos feliz. Quem tem algum dinheiro e vê a inflação, gulosa, desvalorizá-lo fica ansioso. Esta coisa de empobrecer é uma ideia que me aborrece. E a equação ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres precisa de ser arranjada. Se não, a economia deixa de ser uma respeitável ciência e passa a ser uma descarada desculpa. Leia mais TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 00:00:12:03 - 00:00:12:05 JORGE CORREIA A. 00:00:12:22 - 00:00:38:17 JORGE CORREIA Obra viva. Um bem vindos ao pergunta simples voz, podcasts sobre comunicação. Então como é que vai a vossa carteira? A minha emagreça a olhos vistos e digo para mim mesmo é a economia, estúpido! E a economia? Os salários são agora mais pequenos do que as compras. A inflação e os juros estão a subir. E tenho uma pergunta fundamental se Portugal está a ficar todos os anos mais rico, cada vez com mais PIB. 00:00:39:05 - 00:00:53:06 JORGE CORREIA Porque estamos nós, cidadãos e donos do país, afinal mais pobres? Será só economia? 00:00:55:19 - 00:01:22:14 JORGE CORREIA O meu fascínio pela matemática dos grandes números é inversamente proporcional à minha compreensão desse lado da barricada. Nas letras, penso em forma de letras, palavras, frases e poemas e fico hipnotizado quando falam do PIB, da dívida pública, dos indicadores macroeconómicos e das perspetivas de crescimento. É uma doença de muitos 1000 milhões de euros. Difíceis de imaginar, mas com um impacto real na nossa carteira. 00:01:23:03 - 00:01:55:23 JORGE CORREIA E aí já todos sabemos a matemática da vida real. Portanto, esta edição não vai tentar perceber o que é uma imparidade nas contas dos bancos. O que quer dizer buraco? Nem tão pouco perceber os multiplicadores da economia, os rácios da dívida ou as inebriantes flutuações cambiais do euro, dólar ou da libra? Os falamos da economia real, da vida real, das vidas normais, de contas de supermercado, de empréstimos para comprar a casa ou carro e até de raspadinhas, totoloto e lotarias.

Pergunta Simples has 173 episodes in total of non- explicit content. Total playtime is 145:26:56. The language of the podcast is Portuguese. This podcast has been added on November 25th 2022. It might contain more episodes than the ones shown here. It was last updated on May 17th, 2024 18:41.

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